Brasil | Com Assomasul | 27/08/2016 17h24

Câmara veta mudança no Minha Casa, Minha Vida que beneficiaria mais de 4 mil municípios

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Apesar dos esforços da CNM (Confederação Nacional de Municípios), a Câmara dos Deputados manteve o veto da presidente afastada Dilma Rousseff ao dispositivo do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 698/2015.

A matéria destinaria 10% dos recursos do programa Minha Casa, Minha Vida para a construção de imóveis direcionados a pessoas de baixa renda nos Municípios com menos de 50 mil habitantes.

A votação foi realizada na tarde desta terça-feira, 23 de agosto, e resultou em 91 votos a favor do veto presidencial e 210 contra. Para derrubar o veto, seriam necessários pelo menos 257 votos de deputados e 51 de senadores.

Como a quantidade mínima não foi alcançada na Casa, a matéria não será votada pelos senadores.

Segundo a autora do veto, a presidente afastada Dilma Rousseff, a medida foi necessária porque o dispositivo não priorizaria o atendimento de municípios com maior deficit habitacional e poderia implicar no congelamento dos recursos por um semestre, dificultando o planejamento de contratação ao longo do ano.

No entendimento da Confederação, o veto deveria ter sido derrubado pelos parlamentares, pois seria uma forma de desburocratizar o acesso ao recurso para as cidades menores.

Ao longo dos últimos meses, a entidade procurou mobilizar deputados mostrando a importância de garantir recursos para habitação desse conjunto de Municípios.

Realidade municipal

Um dos argumentos apresentados é que, entre as 5.568 cidades existentes, cerca de 80% são de pequeno porte. Ou seja, possuem população inferior a 50 mil habitantes.

Com a manutenção do veto, a entidade calcula que mais de 4,4 mil cidades não terão assegurados os recursos destinados à produção habitacional no PMCMV. Além disso, continuarão com graves dificuldades habitacionais.

A CNM manifesta sua preocupação com o andamento da pauta habitacional junto ao Congresso Nacional. Emitido pela presidente afastada, Dilma Rousseff, o veto evidencia o descaso do governo com o planejamento para o desenvolvimento urbano dos pequenos municípios.

Mais uma vez, a entidade reforça a necessidade de a União apresentar propostas que assegurem o desenvolvimento dessas cidades.

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