Brasilândia | Com Prefeitura de Brasilândia | 18/06/2021 12h08

Dia do Autista: ações desenvolvidas para pessoas com TEA em Brasilândia

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A data de 18 de junho é marcada pelo Dia do Orgulho Autista e foi criada em 2004 pela Instituição Aspies pela Liberdade, com a finalidade de educar o público geral sobre o desconhecimento e questões relacionadas ao autismo.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento e pode impactar na vida de uma pessoa na interação social e nas habilidades de comunicação.

Em Brasilândia, as pessoas com TEA são atendidas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), sendo que esta entidade recebe apoio da Prefeitura.

A pedagoga Gabriela Cypriano Olivi e futuramente será analista comportamental, já trabalha há quatro anos com crianças com TEA. Segundo a profissional, a intervenção ocorre através de uma avaliação com profissionais multidisciplinares, como: analista comportamental, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogos, neuropsicólogos entre outros e de forma individualizada.

“A intervenção é de maneira estruturada e naturalística, focando nos comportamentos alvo de intervenção, ou seja, brincadeiras funcionais, socialização, comunicação, demandas escolares, cuidados pessoais e etc. Assim, o Acompanhamento Terapêutico surge como uma ferramenta que visa promover a autonomia e a reinserção social, bem como uma melhora na organização subjetiva do paciente”, explicou Gabriela.

A psicóloga da APAE, Lívia Caroline Vasques Pires Cardamone, também explicou o seu trabalho. “Ofertamos um suporte voltado a prevenção e atuação em conhecimento e controle de sentimentos e emoções. Trabalhamos também com a família, visamos a rotina, introdução de textura e alimentos e sempre respeitando o tempo de cada um”, disse.

A fisioterapeuta da APAE, Dezidele Nunes Ferreira dos Santos Pantaleão também falou como é realizada as atividades com as pessoas com TEA. “Procuramos sempre adaptar as atividades a serem trabalhadas de forma lúdica, onde conseguimos uma participação e devolutiva com resultados gratificantes. Todas as sessões são realizadas de acordo com a avaliação de cada indivíduo, pois o plano de tratamento é traçado individualmente e sempre respeitando a idade, o quadro fisiológico e motor de cada um”, explicou.

Além disso, a Prefeitura de Brasilândia por meio da Secretaria Municipal de Educação ofereceu entre 2019 e 2020, o Projeto Pela Primeira Infância, que visa na identificação nas dificuldades de aprendizagem do aluno e teve como foco a neurociência na área infantil.

Com essa qualificação, os docentes da Educação Infantil, Fundamental I e parte do Fundamental II tiveram a oportunidade aprofundar o conhecimento em como lidar no ambiente escolar com os estudantes com TEA.

MAIS TOLERÂNCIA COM PESSOAS COM TEA

A ceramista Jaqueline Ferreira Gomes, é mãe de Enzo Fernandes Gomes de Melo, que tem 3 anos de idade. Ela percebeu que a criança apresentava alguns sinais do transtorno e procurou uma psicóloga para saber o que ele havia. A profissional suspeitou do possível transtorno, mas o diagnóstico só foi confirmado por um neuro/pediatra. Hoje a criança faz tratamento com fonoaudiólogo, um psicólogo e passa a cada três meses em um neuro.

“O meu desejo é que ele tenha uma boa qualidade de vida. Eu faço o que posso para ele ficar bem, para que o dia de amanhã passa viver da melhor forma possível. Espero que o mundo esteja mais aberto para esse tipo de transtorno. Às vezes as pessoas não entendem e julgam. A minha esperança é que o mundo tenha mais tolerância, mas não só autista e qualquer pessoa com transtorno, para que as pessoas tenham mais amor e paciência”, disse.

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