Confusão | Redação | 16/02/2012 09h57

Vereador do PR reclama de oficinas contra violência no município

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Vereador se contradiz em apoiar segurança pública e recriminar oficinas de capacitação que tratam sobre violência e segurança Vereador se contradiz em apoiar segurança pública e recriminar oficinas de capacitação que tratam sobre violência e segurança

Em entrevista a Rádio Cultura 105,5 FM de Aparecida do Taboado no programa RCN notícias do dia 10 de fevereiro, o vereador Claudinei Paulo da Silva (PR) reclamou das oficinas promovidas pela Secretaria Municipal de Saúde relacionadas ao atendimento humanitário das vítimas de violência. As oficinas ocorreram na quinta-feira e sexta-feira passada, resultando no atendimento parcial das Unidades Básicas de Saúde na quinta-feira, e na sexta-feira, as unidades não fizeram atendimento.   

“O pessoal ta reclamando que não está tendo atendimento em alguns ESFs do município. Fiquei sabendo que está tendo um curso, mas não sei se é curso de capacitação, se é curso... eu não entendo de curso...”, reclama o edil.

O vereador do PR continua: “Eu sempre digo nessa rádio, na Câmara Municipal, falta gestão na saúde e mais uma vez está comprovado que não está tendo um gerenciamento bom, onde já se viu numa quinta-feira, parar o ESF para dar curso... Agora vem esse tal de curso. Todo mundo reunido no bendito de um curso”.

A função das UBS's

De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo da ESF é estreitar a relação médico-paciente, facilitar a realização de diagnóstico precoce, além de reduzir a demanda de atendimento nas unidades básicas de saúde e de pronto atendimento, otimizando a qualidade da assistência prestada.

Segundo a diretora da área médica de Aparecida do Taboado, Samantha Silva Cruz, as Unidades não cuidam de casos emergências e urgentes, uma responsabilidade do Pronto Socorro. “As Esf’s reorganiza a atenção básica por meio de um conjunto de ações que vão desde a prevenção até o tratamento da doença, reabilitação e manutenção da saúde da população”, explica a diretora, informando que nesses dias não havia consultas agendadas, pois houve uma reestruturação no atendimento devido às oficinas.

As oficinas

As oficinas tiveram o objetivo de orientar médicos, agentes de saúde e enfermeiros na identificação de sinais de violência em crianças e adolescentes. “O encontro teve duas vertentes: reconhecer sinais de violência em crianças, adolescentes e mulheres; e conhecer e encaminhar essas pessoas na rede de serviço de atendimento às vítimas de violência”, explica a palestrante e enfermeira sanitarista da Secretaria de Saúde do Estado, Suzana Martins. 

 Outro tema tratado nas oficinas foi a “Obrigatoriedade da Notificação da Violência nos Serviços de Saúde” com a participação da Promotora de Justiça, Daniela Guiotti, que falou de como funciona a Polícia e o Poder Judiciário na temática abordada; e servidores da Secretária de Assistência Social, que explanaram sobre as funções da Rede de Serviço Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e Creas (Centro de Referência Especializada da Assistência Social). 

  Contradições

No dia 7 de fevereiro, o município promoveu uma reunião junto ao Coronel Geral da Polícia Militar do Estado, Carlos Alberto Davi dos Santos, o Poder Legislativo e representantes da sociedade civil, para traçar ações e soluções para a segurança pública do município, devido a onda de violência que assolava a cidade. E o vereador Claudinei Paulo da Silva (PR) anexou uma mensagem de apoio a Segurança Pública do município, mas reclama de oficinas de que buscam capacitar profissionais da saúde afim de identificar e orientar vítimas da criminalidade e violência.  

 

 

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