No começo foi difícil, pois não havia quem ensinava as vizinhas que sabiam fazer coxinha não queria partilhar seu conhecimento

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Cotidiano | MS todo dia | 15/10/2019 15h34

Salgados da Tia Gê é sucesso em Costa Rica por gerações

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Jorcelino Ribeiro de Menezes e Genésia Rodrigues Ribeiro, de 75 e 71 anos, respectivamente, são moradores de Costa Rica e queridos na região. Genésia é conhecida carinhosamente como tia Gê, pelos maravilhosos salgados que produz.

Eles tiveram uma infância pobre com muitas limitações e dificuldades. A união do casal aconteceu em 1966, desta união tiveram quatro filhos biológicos e a adoção de mais um, sendo eles, Milva, Raquel, Miriam, Rubens e Welington – mais conhecido como Piluxo.

Diante das dificuldades financeiras enfrentadas, Jorcelino trabalhava muito, de dia e de noite, em uma serraria. Já Genésia lavava e passava para algumas famílias e ainda, além de vender biscoitos para auxiliar na renda familiar.

No ano de 1981, a Dona Gê foi trabalhar na escola José Ferreira da Costa, onde atuou por trinta anos como merendeira. Na mesma época, a Serraria foi vendida e seu Jorcelino começou a trabalhar furando poço de água.

Diante de tudo isso, as filhas do casal também foram crescendo e começaram a trabalhar como empregadas domésticas e como babá. Nesta mesma época, surgiu à ideia de fazer pamonhas, não havia fogão adequado, vasilhas, freezer, mas isso nunca fez com que a família deixasse de lutar, mesmo entre as limitações.

Além das pamonhas, a família teve a ideia de vender bolo, torta e coxinha na escola.

“No começo foi difícil, pois não havia quem ensinava as vizinhas que sabiam fazer coxinha não queria partilhar seu conhecimento, pois sabia que era mais um concorrente no mercado. As técnicas no começo foram desenvolvidas de acordo com as dificuldades que surgiam, então aprenderam a fazer tortas, coxinhas, bolo e pão de queijo”, revela Miriam Rodrigues Ribeiro, filha do casal.

Em 1987, na administração do então prefeito Laerte Paes Coelho, Jorcelino foi convidado pelo seu irmão Orlando Ribeiro para que eles pudessem fazer uma feira livre na cidade.

“Eles foram procurar o prefeito Laerte e ele disse que apenas cederia à rua, mas não poderia fazer nada por eles, assim então, começaram. Na primeira feira não venderam salgados, apenas banana, galinha e mexerica. Na feira seguinte, a Tia Gê levou apenas alguns pães de queijo, ao qual, foram todos vendidos. Nas próximas feiras que eram realizadas apenas nos domingos, começaram a vender coxinha, pastel e torta. A feira mudou algumas vezes de endereço, até ir parar fixamente no mercado do produtor”, completa Miriam.

No mercado do produtor os feirantes não precisavam mais de suporte de madeiras e lonas, pois o local, era coberto, tinha água encanada, luz, banheiros.

“Esse espaço foi construído pelo prefeito Waldeli dos Santos Rosa, desde então, não mudamos mais de lugar e nunca deixamos de fazer a feira, que são realizadas hoje no sábado à noite, domingo pela manhã e nas quartas feiras à noite. Ela se tornou a principal fonte de renda da família, que agora, com o nome: SALGADOS TIA GÊ”, diz Miram.

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