Custo Brasil | Da redação/ com PSDB | 25/06/2016 10h37

Dez ex-ministros de Dilma já são investigados na Lava Jato

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Numa demonstração do forte envolvimento de petistas com o esquema de corrupção na Petrobras, o chamado “petrolão”, já chega a dez o número de ex-ministros da presidente afastada Dilma Rouseff que são investigados pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Os ex-ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Carlos Gabas (Previdência), alvos da Operação Custo Brasil – uma das ramificações da Lava Jato – foram os últimos a entrar na lista de petistas envolvidos em denúncias de irregularidades. Outros oito ex-ministros próximos da petista estão sendo investigados pela Justiça: Antonio Palocci, Erenice Guerra, Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante e Jaques Wagner (todos da Casa Civil); Guido Mantega (Fazenda); Ideli Salvatti (Relações Institucionais); e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social).

Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), está sendo desnudado um esquema criminoso que se apropriou do país e mostra o grau de deterioração moral que os governos do PT se envolveram. “O pior de tudo é que isso levava todo o país à reboque. Um grupo político, um partido que se apropriou do país durante 13 anos com um projeto de continuar no poder. Esse era o único projeto e, para isso, valia tudo, desde desviar recursos da principal empresa do país e praticamente quebrá-la, que é o caso da Petrobras, a desestruturar o setor elétrico nacional até retirar recursos de aposentados e pensionistas na obtenção de empréstimos consignados”, criticou o parlamentar.

Segundo o tucano, não havia limites para ludibriar e assaltar os cofres públicos e o último desdobramento da Operação Lava Jato é apenas a “ponta de um iceberg” do conjunto de crimes que foram cometidos contra a sociedade brasileira. “Esperamos que a prisão de Paulo Bernardo e a condução coercitiva de Carlos Gabas possa desvendar mais esse esquema criminoso entre tantos outros que, infelizmente, seremos obrigados a assistir nos próximos meses. Espero que, passado esse episódio de instabilidade política, o Brasil possa se reencontrar com o crescimento econômico, com o fortalecimento de nossas instituições e as eleições municipais nesse ano possam refletir esse repúdio que a população brasileira, com certeza, fará aos partidos que fazem parte do bloco de apoio do PT”, afirmou Marinho.

Impeachment
De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo desta sexta-feira (24), a prisão de Bernardo nesta quinta (23) trouxe uma preocupação a mais ao núcleo político ligado à presidente afastada, já que é casado com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) – um dos principais braços de defesa da petista na Comissão de Impeachment do Senado. Na avaliação de interlocutores de Dilma, segundo o jornal, sua defesa sai enfraquecida após a prisão de Bernardo, o que poderá selar seu destino na comissão. A petista precisa de 28 votos de senadores para conseguir se manter no cargo – até ontem, o núcleo ligado ao PT contabilizava 22 votos. Já o placar do Impeachment do Estadão aponta apenas 18 votos a favor de Dilma.

“Em função da prisão do Paulo Bernardo, pode ser que a senadora se sinta constrangida em continuar com o mesmo ímpeto que estava anteriormente, mas ela não está convencendo ninguém e nunca esteve preocupada. O discurso do PT hoje na Comissão de Impeachment, nas redes sociais e nas ruas do país é pregar aos convertidos. O que eles estão fazendo é construir uma narrativa para justificar o seu fracasso, a corrupção, a catástrofe que se instalou no Brasil, dando um viés de que houve golpe, o que é a única preocupação deles”, afirmou Marinho.
Segundo o jornal, a prisão de Paulo Bernardo também é mais um baque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – o ex-ministro é muito ligado a ele e ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato. Outro problema é a condução judicial de Gabas, pela proximidade que tem com a petista, a quem deu “carona” em sua moto Harley Davidson num domingo de 2013.

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