Custo de Vida | Com Portal Brasil | 21/07/2016 15h39

Prévia da inflação de julho fica em 0,54%

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Puxado por problemas climáticos e pela entressafra na produção de leite, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do País, registrou alta de 0,54% na passagem de junho para julho. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da elevação, o número é 0,05 ponto percentual menor que o registrado em igual mês do ano passado, quando o IPCA-15 acelerou 0,59%. No acumulado do ano também houve uma perda de força, de 6,90%, em julho de 2015, para 5,19%, agora.

O IPCA-15 é medido por técnicos do IBGE em visitas a supermercados e a estabelecimentos comerciais, em pesquisas realizadas entre 15 de junho e 13 de julho. Os produtos que compõem o indicador se referem a uma cesta de consumo de famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

Os dados coletados nesse período pelos técnicos do IBGE mostraram que, embora a inflação já esteja perdendo força ao longo dos últimos meses, a situação ainda está distante do ideal.

Parte dessa aceleração de preços se deveu às altas de itens que compõem a mesa do brasileiro, como o feijão e o leite, que foram os itens que mais pesaram no mês. No caso da oleaginosa, uma quebra de safra reduziu a produção. Para tentar aliviar o problema, o governo zerou o imposto de importação do produto.

Redução de pastagem

O leite também foi afetado pelo clima. O período de seca é considerado a entressafra na produção em decorrência da diminuição de pastagens. No último ano também houve um abate elevado de fêmeas em função do funcionamento do mercado, o que também afetou os preços do leite.

A equipe econômica do governo do presidente em exercício, Michel Temer, tem trabalhado para reduzir essa pressão sobre o bolso dos consumidores. Medidas para sanear a economia, como a que cria limites para a expansão dos gastos públicos, devem colaborar no controle do custo de vida.

Custo de vida no Brasil

É o que também espera o BC, que avalia que, com as medidas tomadas até o momento e outras ações futuras, a inflação vai desacelerar até atingir a meta perseguida pela instituição, um IPCA ao redor de 4,5%. Esse valor, pelo cenário do Banco Central, será alcançado no último trimestre de 2017.

Caso esse cenário se confirme, será a primeira vez desde 2009, quando o índice terminou o ano em 4,31%, que o BC conseguirá atingir a meta de inflação.

A expectativa da instituição é de que a inflação continue a desacelerar depois de atingir esse resultado. No primeiro trimestre de 2018 chegaria a 4,4% e, no segundo (última previsão disponível), em 4,2%.

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