Entrevistas | Amândio Martins | 29/03/2016 11h15

Sérgio de Paula, titular da Casa Civil no Estado

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Em mais uma entrevista o MS EM DIA traz agora para o seu público um registro do trabalho do secretário de Estado da Casa Civil, Sérgio de Paula. Nascido em 31 de dezembro de 1959, na cidade de Andradina-SP, ele chegou a Mato Grosso do Sul em 1988, depois ser transferido como gerente bancário para Fátima do Sul e em mudou-se para Dourados.Com formação em Ciências Contábeis, seu ingresso na vida política aconteceu em 1995, quando assumiu a Secretária de Fazenda de Dourados.

Em 2000, Sérgio ocupou a direção da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), exercendo o cargo por sete anos.

Antigo aliado do atual governador Reinaldo Azambuja, Sergio já foi chefe de seu gabinete na Assembleia Legislativa, como deputado estadual, e na Câmara, em Brasília, enquanto Reinaldo exercia o mandato federal.

MS EM DIA - Como o senhor avalia o primeiro ano de mandato do governador Reinaldo Azambuja que atingiu 65% das metas projetadas? De 0 a 10 foi uma administração 6,5?SÉRGIO DE PAULA - A nota seria 7,5. Deixamos algumas coisas a desejar e reconhecemos isso, mas para um primeiro ano, vejo como uma boa nota, justa. Melhoramos muito ao longo do ano passado e vamos melhorar mais. Nós abrimos o diálogo no Governo e isso é um ponto positivo. Também estamos construindo um governo municipalista, inclusive solicitamos aos municípios as prioridades de cada um e vamos trabalhar nisso durante este ano. Além disso, estamos trabalhando em diversas outras áreas para entregar o melhor à população. O Governo tem que ser simples, humilde e trabalhador, assim como é o governador.

MS EM DIA - O que falta para que a gestão chegue ao 10? É possível conseguir isso até 2018, ou na administração pública devido a renovação de demandas este seria um objetivo impossível?SÉRGIO DE PAULA - Bom, se a nota é 7,5 para 10 faltam 2,5 [ risos] . Todos os objetivos são possíveis se você tem um estudo prévio e um planejamento de ação a seguir. E neste momento estamos colocando em prática nosso Plano Plurianual (PPA), que foi desenvolvido com base no Pensando MS, por uma equipe de secretários de estado e servidores extremamente competentes. Mas já podemos ver em alguma áreas, como a saúde por exemplo, o resultado de melhoria com o projeto da Caravana da Saúde. E vem muito mais por ai.

MS EM DIA - Na janela para troca de filiações partidárias o PSDB ganhou quatro deputados e se tornou a maior bancada na Assembleia Legislativa. O que isso faz de diferença para o governo do Reinaldo que precisa de parlamentares além da sua bancada para aprovar projetos?SÉRGIO DE PAULA - A importância de o governo fazer a maior bancada na Assembleia é o governo estar participando das principais comissões da Casa, tendo em cada uma delas um deputado do PSDB, e, além disso, está a questão da governabilidade. Todos os partidos aliados como o PMDB, o DEM, PEN são importantes para o PSDB. No último dia 19, quando fechou a janela, contabilizamos oito deputados tucanos. Até o dia 2 de abril outros parceiros virão para o PSDB. Nosso partido, naturalmente, vai se tornar o maior do Estado em número de vereadores e deputados federais. Queremos fazer também o maior número de prefeitos.

MS EM DIA - Institucionalmente o senhor acha que essa gestão pode dar um novo conceito para o Governo do Mato Grosso do Sul? No que o Estado tende a ficar diferente nos próximos anos, com a inovação proporcionada pela PSDB no mandato?SÉRGIO DE PAULA - Eu tenho certeza que daremos um novo conceito em gestão em Mato Grosso do Sul. Quando nós entramos no governo, a maior deficiência ainda era a estrutura governamental. Claro que para implantar a novo modelo de gestão que o governador Reinaldo Azambuja quer entregar à população de Mato Grosso do Sul há dificuldades burocráticas e cada secretário, na sua pasta, vem enfrentando isso. Na Casa Civil, onde se trabalha a questão política, mesmo assim, na parte administrativa, tem tido dificuldade em implementar esse novo plano de gestão. Esse plano não será implantado em quatro anos, isso vai demorar de oito a dez anos. Assim poderemos ter certeza que as secretarias estarão estruturadas para o novo modelo de gestão.
Nós, secretários, estamos doutrinados ao Governo e o governador, na reunião mensal que realiza, nos mostra os eixos principais do governo. Isso é de tanta importância que nós somos o primeiro estado brasileiro a conseguir refinanciar a dívida e isso porque estamos colocando gestão em primeiro lugar. Mas logicamente que a gestão caminha ao lado com a parte política. Se uma estiver distante da outra, alguma coisa no governo não estará certa. As duas devem andar juntas e é disso que nós cuidamos na Casa Civil.

MS EM DIA - O senhor pensa em se candidatar a um cargo eletivo ou planeja seguir como um homem dos bastidores’? Concorrer em uma eleição te inviabilizaria dessa tarefa futuramente?SÉRGIO DE PAULA - Não tenho pretensão alguma de me candidatar. Acredito que ajudo o nosso partido nas atuais funções em que venho ocupando, administrativa e politicamente.

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