Geral | Com Famasul | 25/09/2016 12h54

Experiência prática em curso de bovinocultura de leite resulta em contratação de recém-formados

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Nos últimos 13 anos, Mato Grosso do Sul obteve um crescimento de 83% no número de alunos matriculados nas instituições de ensino superior da iniciativa pública e privada, totalizando 578,5 mil acadêmicos em 2015. O levantamento solicitado pelo Semesp – Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior traça o ‘Mapa do Ensino Superior no Brasil’ e reforça o crescimento dos jovens entre 18 e 24 anos na busca por uma profissão, assim como o número de empregados com carteira assinada: 108 mil colaboradores que já concluíram a faculdade.

Paralelamente, é cada vez mais comum jovens em graduação procurarem formação técnica. Na região de Dourados, por exemplo, dois acadêmicos de Zootecnia participaram de uma capacitação, de 360 horas/aula, oferecida pelo Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem, em parceria com o Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, voltada ao segmento leiteiro, e foram aprovados no processo seletivo do programa Mais Leite, que oferece assistência técnica e gerencial para 930 produtores do Estado.

Histórias de sucesso - Renan Wisller Zulim , 26 anos, é natural de Ivinhema e ficou sabendo do curso quando estava no último ano de faculdade. Ele conta que estagiou em várias áreas produtivas, pois, ainda não tinha certeza em qual tinha afinidade. “Depois que fiz o meu primeiro estágio no setor fiquei curioso e interessado em aprender mais, pois essa atividade é feita de detalhes e muita observação. No curso do Senar/MS aprendi a analisar a propriedade independente do que produz e entendi a importância de se planejar e traçar metas”, argumenta.

A dedicação do profissional rendeu a aprovação no processo seletivo da metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial, onde presta serviços há cinco meses. “Atendo 20 produtores nos municípios de Ivinhema e Amandina e me sinto gratificado em poder ajudar cada família a melhorar o processo produtivo. Nosso grupo é unido e trabalhamos com segurança um contribuindo com o outro, por isso, minha sugestão para quem ainda está estudando e não sabe qual caminho tomar é fazer o que se gosta e buscar o aperfeiçoamento profissional constante”, observa.

Para Murilo Augusto Vendramini, 25 anos, a decisão pela profissão de zootecnista começou ainda na infância já que sempre teve interesse em trabalhar na pecuária. Natural do interior de São Paulo cursou a graduação em Dourados e participou da mesma turma que o colega Zulim. “Sou neto de produtor rural que atuava com pecuária de corte e leite e nunca me passou pela cabeça trabalhar em outra profissão que não tivesse contato com a bovinocultura. Quando recebi o convite para participar do curso do Senar/MS aceitei imediatamente e posso afirmar que no curso tive uma visão mais aprofundada da atividade”, relata.

Vendramini ressalta que o aspecto que mais lhe chamou atenção na capacitação foi a parte gerencial, pela questão do monitoramento e controle de custos. “Durante a graduação não tive a oportunidade de me aprofundar mais no tema de gestão e a capacitação me possibilitou isso. Algum tempo depois de formado resolvi participar da seleção de técnicos e minha satisfação foi grande ao ser aprovado. Atualmente trabalho com 28 produtores na região de Dourados e Fátima do Sul e estou sempre buscando aperfeiçoamento técnico de minha profissão”, conclui.

Na avaliação do supervisor regional do programa Mais Leite, Juliano Coelho, a força de vontade e a busca pelo conhecimento possibilitam que profissionais jovens como os dois técnicos de campo consigam oportunidade de trabalhar ainda recém-formados. “Assim, como o Renan e o Murilo comecei no Senar/MS prestando serviços como instrutor e nunca parei de estudar e me aperfeiçoar. Eu fui responsável pela entrevista e percebi nos dois uma visão diferenciada da atividade, pautada pelos conhecimentos que tiveram no curso de Bovinocultura de Leite”, explica o zootecnista que é responsável por supervisionar a atuação da equipe técnica para mais de 300 produtores rurais.

Para o superintendente regional, Rogério Beretta, as histórias personificadas pelos ex-alunos dos cursos profissionalizantes demonstram que a missão da instituição está se cumprindo. “O objetivo do Senar/MS é tornar-se um modelo de gestão sistêmica e contribuir para o desenvolvimento agropecuário nacional. Quando levamos conhecimento técnico a produtores, trabalhadores e estudantes contribuímos com o setor, preparando profissionais capacitados e conscientes de sua participação na cadeia produtiva”, finaliza.

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