Pecuária | Com Notícias MS | 16/01/2017 13h19

Precoce MS substitui Novilho Precoce e garante mais confiabilidade

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Os ajustes técnicos, fiscais e de ordem legal realizados pelo Governo do Estado na reformulação do programa Precoce MS, que substitui o Novilho Precoce lançado na década de 1990, buscam agregar, de forma voluntária, atributos de qualidade e consequentemente valor à cadeia produtiva da pecuária de Mato Grosso do Sul. Com lançamento em fevereiro, o Precoce MS aumenta a segurança no controle sanitário e eficiência do animal, valoriza o produtor que utiliza sistemas sustentáveis e oferece uma carne diferenciada ao mercado.

Aumentar o desfrute do rebanho de corte, incentivando a eficiência e a eficácia do produtor rural, premiando com incentivo financeiro a qualidade do produto obtido e o nível do processo produtivo continuam sendo o mote do programa, do qual podem participar produtores rurais de Mato Grosso do Sul que atendam aos critérios exigidos. A informatização das fases de operacionalização, pelo Governo do Estado, é uma importante ação que deve garantir maior transparência ao Precoce MS.

As alterações técnicas e operacionais do programa, em discussão com o setor produtivo desde 2015, são a própria síntese da evolução da pecuária – do campo à mesa do consumidor -, nos últimos anos, explicou o secretário estadual de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), Fernando Mendes Lamas. O esforço conjunto do Estado e entidades representativas, como a Famasul e Embrapa, visa melhorar os níveis de produtividade, onde se configura produzir um animal de qualidade em menor espaço por hectare com bom acabamento.

Sustentabilidade

Empresário Sérgio Capuci, do grupo Naturafrig: mais profissionalismo
As mudanças repercutiram bem no meio produtivo, na opinião do empresário Sérgio Capuci, do grupo Naturafrig, com unidades em Rochedo e Nova Andradina. “Essa reformulação era necessária para acompanhar a evolução da pecuária, com critérios mais rigorosos que vão trazer benefícios a toda cadeia, gerando uma produção mais sustentável e profissionalizando o produtor”, disse Capuci. “A indústria também se ajustará para atender aos novos requisitos e quem ganha é o Estado com uma carne de qualidade”, completou.

Com regras mais ajustadas, segundo o secretário, o programa quer contribuiu para que a carne produzida em Mato Grosso do Sul seja reconhecida pela qualidade e seu diferencial sanitário dentro e fora do País, fortalecendo, assim, a cadeia produtiva e gerando números econômicos positivos ao Estado. “A nossa pecuária tem muito a melhorar e o governo vem atuando de forma estratégica para criar condições seguras para que o setor continue evoluindo de todas suas vertentes, não apenas no ganho em arroba por hectare”, disse Lamas.

Dinâmica de mercado

Apostando nesse novo momento da pecuária sul-mato-grossense, o governador Reinaldo Azambuja avaliou como positiva a reformulação de um programa criado há 24 anos, que muito contribuiu para colocar a pecuária do Estado entre as melhores do País, hoje com participação expressiva na economia local. “Estamos criando um novo programa para elevarmos a pecuária a um patamar que atenda a dinâmica dos mercados cada vez mais agressivos, oferecendo uma carne de qualidade”, destacou.

Com a mudança, o programa terá ampliados os critérios de análise de produção, os quais vão abranger não só os atributos do animal, mas, também, as condições das propriedades criadoras. Atualmente, 100% da avaliação dos animais classificados como ‘novilho precoce’ é feita no frigorífico. A partir de reformulação, a tipificação da carcaça passa a ter peso de 70% e os 30% restantes serão decorrentes das condições do estabelecimento.

Maior controle

Fernando Lamas explicou que a avaliação técnica, a partir de agora, não se restringirá à melhoria do peso e da cobertura de gordura dos animais e maior uniformidade nos lotes. Incluirá as boas práticas agropecuárias dentro do sistema de produção na propriedade, como a qualidade da pastagem, nível de conservação do solo, reserva legal, participação associativista do produtor e cumprimento das obrigações sociais e trabalhistas.

Conforme as novas regras, o aumento da segurança no controle e na credibilidade dos processos de aferição de resultados de desempenho de estabelecimentos pecuários e dos produtos obtidos (animais), se dará através da cobrança de maior empenho e compromisso dos responsáveis técnicos pelos empreendimentos, com a utilização de instrumentos legais, como a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART’s), devidamente fiscalizados pelos conselhos de classe (CREA e CRMV).

Certificação

Os frigoríficos credenciados passam a assumir o compromisso de disporem e utilizarem equipamentos de coleta/transmissão de dados e informações sobre a tipificação de animais em tempo real, ao banco de dados do Estado, e também de procederem o pagamento de eventuais bonificações, por depósito bancário, na conta do beneficiário, em até três dias após o abate. Os frigoríficos também assumem, integralmente, a função de classificação e tipificação de carcaças, tarefa anteriormente realizada pela secretaria estadual de Fazenda (Sefaz).

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