Personalidades | Lucas Castro | 25/03/2019 15h19

Victor Renato Freitas Malheiros

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Além da Capital Estadual do Algodão, Costa Rica-MS, a 310 quilômetros de Campo Grande-MS, tornou-se a Capital dos Esportes de Aventura. O município da região do Bolsão possui grande potencial turístico em exploração.

De acordo com a Prefeitura Municipal de Costa Rica, está inserida nas 100 cidades mais promissoras do país e, futuramente, pode tornar-se um pólo regional turístico.

Para falar sobre os aspectos turísticos do município, relacionados às questões ambientais, o Bolsão MS entrevista o assessor e promotor de Eventos de Turismo da Prefeitura de Costa Rica, Victor Renato Freitas Malheiros. Confira:

Bolsão MS: Qual é o papel do setor de Eventos de Turismo da Prefeitura de Costa Rica, considerando que a cidade possui muitas belezas naturais e propícias ao fomento do turismo?

Victor Malheiros: Não tem setor, apenas é o município e os funcionários públicos. A galera se uni e faz acontecer, ajudando na estrutura e no decorrer dos eventos. Por exemplo: precisávamos de uma ponte, os funcionários se uniram e a construímos com nossas próprias mãos, na frente de uma cachoeira de 64 metros de altura. Ao invés de pagar, os próprios funcionários construíram, usando alguns materiais recicláveis, sempre com o foco da conservação.

A respeito das belezas naturais, sim, nosso Mato Grosso do Sul é recheado de belezas de fora a fora. Assim como em todo o estado, Costa Rica tem suas particularidades especiais, sou suspeito para falar deste município.

Bolsão MS: Podemos falar que existe uma ligação entre a atividade turística e a preocupação com a preservação do meio ambiente em Costa Rica? Quais são as medidas tomadas em relação a isso?

Victor: Sim, podemos sim. Primeiro que, sem a preservação, não existe atividade turística. As medidas tomadas pela prefeitura são: a criação e adequação das Unidades de Conservação (UCs), recuperação de áreas degradadas na Área de Proteção Ambiental (APA) do Sucuriú, recuperação de áreas degradas em Unidade de Conservação, projeto social nos eventos de esporte de aventura, como reflorestamento do Parque Ecológico de Costa Rica com identificação em todas as árvores, nome da equipe esportiva, bandeira de qual país, nome de todos atletas, nome científico e regional da árvore plantada e o apoio às UCs, de âmbitos estadual e federal.

Bolsão MS: O turismo é encarado muitas vezes somente pelo viés econômico para obtenção de um maior crescimento de renda. Na sua opinião, o que deve ser feito para conciliar sustentabilidade e rentabilidade para o município?

Victor: Se o município capitaliza com turismo, automaticamente ele arrecada, ele gera emprego “sustentabilidade” hotel, gastronomia, gera renda nos parques. Com isso, o uso público aumenta. E, se aumentou o uso público, tudo aumenta automaticamente e, a partir daí, é apenas cuidar do meio ambiente para não degradar e gerar sustentabilidade para o pai de família.

Bolsão MS: Costa Rica é um município muito procurado por turistas que gostam de aliar meio ambiente e esportes radicais. Os turistas que chegam em Costa Rica têm noção que devem ter certos cuidados para preservar o meio ambiente? Existe essa conscientização e qual a avalição que você faz dessas pessoas de fora? Qual é a determinação do poder público municipal em relação à conscientização?

Victor: Na verdade, isso tem a ver com a cultura. Trabalho há 18 anos direta e indiretamente com turismo, como condutor de esporte de aventura, guia. Sem nem uma exceção, todos que vêm de fora para fazer esporte de aventura possuem uma filosofia de vida, todos são muito educados e respeitam o meio ambiente. Essa é a única coisa que, no meu ambiente profissional com eles em atividade, não me preocupo, são culturalmente evoluídos.

O turista de esporte de aventura, o ecoturista, tem essa cultura evoluída com meio ambiente. Os esportistas principalmente, eles já rodam o mundo em competições, têm essa filosofia e cultura implantada dento de si, “diferente do vizinho da gente”.

A determinação do poder público é: conservar para viver. Por exemplo: os alunos das escolas municipais vão para o parque aprender educação ambiental no decorrer do ano. O pessoal do parque organiza-se e recebem esses alunos de Costa Rica e estudantes de outras cidades ao redor do município.

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