| Da redação/com Rio Pardo News | 29/01/2015 10h45

Siderúrgica demite 195 funcionários

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Os representantes da empresa conversaram com os trabalhadores por quase duas horas no auditório da Câmara Municipal Os representantes da empresa conversaram com os trabalhadores por quase duas horas no auditório da Câmara Municipal (Foto: Reprodução/Internet)

Contrariando uma expectativa de que no próximo mês, Fevereiro de 2015, seria reaberta, o diretor presidente da Vetorial anunciou na manhã desta quarta-feira, dia 28, que os dois Alto Fornos da usina siderúrgica não serão reabertos e não tem prazo para voltar a funcionar em Ribas do Rio Pardo, cidade localizada a 90km da capital Campo Grande em Mato Grosso do Sul.

Com isso, 195 trabalhadores que estavam recebendo através do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador desde setembro de 2014, estarão desempregados a partir do dia 28 de fevereiro. O anuncio foi feito pessoalmente pelo diretor proprietário Gustavo Correa Trindade, em reunião realizada no auditório da Câmara Municipal de Vereadores do município.

Antes de ficar frente a frente com os quase duzentos futuros desempregados, o diretor apresentou a notícia ao prefeito Zé Cabelo, em seu gabinete na Prefeitura, e em reunião a portas fechadas com a maioria dos vereadores, na sala do presidente Sebastião Roberto Collis, na Câmara Municipal.

Ao olhar para cada uma das pessoas que sempre chamou de colaboradoras, o diretor Gustavo Trindade, demonstrou semblante entristecido e preocupado. Ele falou e rememorou os tempos em que aprendeu e cresceu junto com a usina da siderúrgica no município e classificou Ribas do Rio Pardo e sua população como sendo o “berço” do Grupo Vetorial.

Gustavo explicou que o motivo preponderante para que a indústria não seja reaberta é a crise de mercado para comercialização do produto final da empresa que é o ferro gusa. “Infelizmente a situação de mercado do Brasil para ferro gusa, do mundo também, só pioraram. Nós não estamos conseguindo vender ferro gusa, os preços estão muito baixos” disse Gustavo em seu discurso de quase uma hora de duração. O presidente fez questão de deixar claro que a conjuntura econômica nacional impossibilita o funcionamento da usina Vetorial.

Ele também comentou que não é justo imputar qualquer responsabilidade de sua decisão aos governos municipal e estadual. “O novo governador (Azambuja) nos ofereceu maiores incentivos, mas mesmo assim dependemos de melhora no mercado nacional e internacional, para manter as portas em Ribas abertas”, disse Gustavo Corrêa Trindade.

Além dos trabalhadores e do Diretor Presidente, Gustavo Trindade Corrêa, participaram da reunião Moacir Fabiano Silva, responsável pelo setor de Recursos Humanos, Hélvio Caldeira Carvalho, Diretor de Operações e o advogado João Alfredo Danize.

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