Saúde | Gabriel Neri | 02/07/2020 11h12

2020 é o segundo ano com mais casos prováveis de chikungunya

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A Secretaria de Estado de Saúde divulgou o boletim epidemiológico da chikungunya nessa quarta-feira (1). Os dados mostram que o ano de 2020 já superou em casos prováveis 2019 e está abaixo apenas de 2018, que teve o maior surto segundo a série histórica. Há dois anos, foram 271 casos prováveis da doença enquanto 2020 há 192 nesses primeiros seis meses do ano.

Muito distante da situação da dengue no Estado, a chikungunya não causou nenhuma morte em MS e todos os municípios que registraram notificações têm baixa incidência. Ao todo, foram 39 cidades com casos prováveis da doença e 40 cidades sem nenhum registro em 2020.

Segundo a SES, desses 39, apenas dez confirmaram casos da doença. São 69 casos confirmados e Dourados concentra 70% das confirmações. A cidade douradense tem 49 casos confirmados, sendo a situação que exige mais atenção. Campo Grande é a segunda cidade com mais confirmações, a Capital tem nove.

Confira o mapa com as confirmações de chicungunya no Estado:

Série histórica

O boletim também informa os casos prováveis da doença desde 2014. O ano com mais registros foi o de 2018, com 271, seguido por 2020, e 2019. Ano passado teve 176 registros. Em 2017, foram 157. 

Os três anos com menos registros foram 2016 (94), 2015 (9) e 2014 (1) na série histórica.

O que é a chikungunya?

Segundo o Ministério da Saúde (MS), “A Febre pelo vírus Chikungunya é um arbovírus. Arbovírus são aqueles vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente mosquitos, mas tambem pode ser um carrapatos ou outros. O transmissor (vetor) do chikungunya é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para proliferar, portanto, o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região. No entanto, é importante manter a consciência e hábitos sadios de higiene para evitar possíveis focos/criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que pode ter ovos resistindo por um ano até encontrar as condições favoráveis de proliferação (tempo quente e úmido)”.

Os principais sintomas da doença são a febre, dores nas juntas, pele e olhos avermelhados, dores pelo corpo, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Segundo o MS, cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas, esses que podem aparecer de dois a doze dias da picada do mosquito. O quadro agudo da doença pode durar até 15 dias e cura espontaneamente.

No entanto, algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas juntas que duram meses ou anos. Após a infecção e a recuperação, o paciente fica imune o resto da vida.

Como prevenir a chikungya?

A prevenção da doença é, assim como a da dengue, zika e febre amarela, a eliminação do vetor, ou seja, do Aedes aegypti. Isso pode ser feito com a retirada de água armazenada com pode ser possível criadouro para o mosquito, como vasos de plantas, pneus, garrafas, piscinas sem uso e manutenção.

Além disso, outra medida individual é o uso de repelentes e telas nas janelas que impedem a entrada do mosquito.

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