Três Lagoas | Com Letícia Shirley | 26/10/2016 11h25

Em nove meses, índice de queimadas é superior ao ano de 2014

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O número de queimadas registradas em áreas de vegetação em Três Lagoas aumenta cada vez mais. Até setembro deste ano, já foram registrados 421 ocorrências, segundo dados repassados pela assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros de Três Lagoas ao Hojemais. O dado significa que, na média, houve a ocorrência de 1,5 casos por dia, de incêndio no município.

Para se ter uma ideia, nos dias quentes e de ventos fortes, o Corpo de Bombeiros chegou a contabilizar mais de 20 chamadas diárias. Com essa situação, a tendência é que os números de queimadas ultrapassem a marca do ano passado que foi de 495. Ainda de acordo com os bombeiros, no ano de 2014, o município chegou a marcar 391 ocorrências – 30 focos de incêndio a menos que nos primeiros nove meses de 2016.

A alta de registros está diretamente relacionada às mudanças climáticas que a cidade tem enfrentado nos últimos tempos, de acordo com a assessoria. Neste ano a estação mais fria teve um tempo maior em Três Lagoas, fator que diminuiu as queimadas no primeiro semestre. “Porém, após o inverno, os registros cresceram de maneira significante, em média, seis focos por dia”, explicou por meio de nota enviada à reportagem. Vale lembrar que em dias de chuva essa média pode cair.

PÉSSIMOS HÁBITOS

Segundo os militares, a população três-lagoense ainda insiste no costume de limpar terrenos e extinguir vegetação ao atear fogo. “Isso é um motivo para ocorrências de acidentes devido à grande fumaça, além de prejudicar a qualidade do ar. A propagação do fogo, com clima quente e seco, juntamente com o vento, são umas das razões para contribuir com que o fogo seja rápido e de difícil controle”, pontua.

Vale ressaltar que atear fogo intencionalmente configura crime ambiental, além de ser um desrespeito para com todas as outras pessoas, principalmente com os vizinhos. (Lei de Crimes Ambientais, item II, & 2º, Art. 54 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998).

CAUSAS

Segundo a corporação do Corpo de Bombeiros, a maior fonte das queimadas é de origem do ser humano, que se fortalece ainda mais em períodos de seca e falta de chuva, como por exemplo, as pontas de cigarros atiradas na beira das estradas, fogueiras mal apagadas, queima de lixos, lançamento de balões, linhas elétricas com mau funcionamento que são as causas mais comuns no Estado e até mesmo incêndios criminosos provocados intencionalmente.

CONSEQUÊNCIAS

Devido ao tempo quente e seco cada vez mais predominante na maior parte da cidade, os bombeiros destacam os principais impactos prejudicados pelas queimadas, que são: poluição ambiental; prejuízos financeiros; briga entre vizinhos; danos à saúde, doenças como asma e bronquite ao inalar fumaça e apenas um pequeno foco pode avançar destruindo residências, pastagem e perda de animais.

DICAS

Para não queimar lixos, podem-se enterrar as folhas e lixos orgânicos, picar ou ensacar, colocando para o caminhão de coleta levar.

Lixo atrai lixo, por isso mantenha seu quintal limpo e livre da possibilidade de ser multado caso alguém venha atear fogo. Ajude a melhorar a qualidade do ar de seu bairro. Onde a há fumaça, há fogo. E aí vem: poluição, multa, crime, acidente de trânsito, doença, briga e até morte.

Se você tem alguma denúncia ou fotos de incêndios, entre em contato com a redação do Hojemais, pelo telefone (67) 99286-7734.

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