Agronegócio | Da Redação/Com Diário do Comércio e Indústria | 06/10/2015 22h43

Consumo preocupa suplementação para bovinos

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Diminuição no poder de compra das famílias leva à substituição do boi por outras proteínas; Segmento de suplementação animal tem se beneficiado da necessidade de melhoria na produtividade

A crise econômica e a redução no poder de compra das famílias têm feito com que o consumo migre para outras proteínas, como o frango, o que preocupa as empresas de nutrição.

Mesmo assim, o segmento de suplementação animal tem se beneficiado do movimento de alta da arroba do boi gordo e da necessidade de melhoria na produtividade devido a baixa oferta de gado - visto que é na pecuária de corte que está a maior rentabilidade. "Mais do que nunca, é hora de arregaçar as mangas", enfatiza o presidente da Phibro no Brasil, Stefan Mihailov. Em entrevista ao DCI, ele conta que o custo de produção deve reduzir as margens de renda do produtor, desencadeando um repasse destes gastos à carne. Isso pode fazer com que investimentos como o de nutrição a pasto sejam afetados. "Atuamos em todos os segmentos e teremos que equilibrar nossos resultados com outras espécies, mas o potencial de crescimento nas aves é bem menor do que no bovino. É um cenário preocupante", completa.

A Phibro encerrou recentemente seu ano fiscal 2014/ 2015 com faturamento total de US$ 749 milhões, um crescimento global de 9% nos negócios de saúde animal e 8% de avanço no total da companhia sobre o ano anterior. No Brasil as vendas alcançaram 17% de ganhos em dólares e 28% em reais, superando de forma significativa a evolução do mercado de saúde animal no País que, de acordo com a companhia, nos últimos 12 meses, acusou retração de 5,2% na moeda norte-americana.

Com base no momento do mercado, Mihailov diz que a estratégia já praticada de ir à campo e estar mais próximo do pecuarista no intuito de fomentar a aplicação de suplemento animal como um agente fundamental para o ganho de produtividade, deve se intensificar. Até o ano que vem, a expectativa é manter a empresa no positivo, com avanço entre 6% e 8% a nível global.

Na pecuária de corte, a Phibro trabalha na divulgação no boi 777. A proposta é produzir gado jovem e com mais peso, sinônimo de maior produtividade, maior rentabilidade e menor pressão sobre o meio ambiente, obtida pela redução no tempo de cria dos animais. A companhia tem apresentado este conceito, que preconiza a busca por animais atingindo 21 arrobas aos 24 meses.

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