Exportações do agronegócio no primeiro semestre caem 12% em dólar
O valor exportado acumulado no ano (US$ 43,3 bilhões) apresentou queda de 11,9% quando comparado com o mesmo período de 2014 (US$ 49,1 bilhões). O saldo da balança do agro foi robusto neste período (US$ 36,2 bi), porém, com queda de 11,2%. Continuando nesse ritmo, fecharíamos 2015 com um montante de US$ 87 bi, aquém da meta de 100 bi.
O saldo da balança comercial brasileira em junho foi de US$ 4,5 bi, importante para recuperar o déficit que vinha existindo no semestre. Estamos agora com um saldo de US$ 2,2 bilhões, mas não conquistado graças a um aumento das exportações, mas sim à queda drástica nas importações do país, reflexo da crise econômica que afeta o consumo e principalmente o investimento (bens de capital) e da força do dólar. Mais uma vez o agro evitou um desastre ainda maior na economia brasileira, pois sem suas exportações, a balança comercial estaria negativa em US$ 34 bilhões.
Neste junho, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2014 foram respectivamente: soja em grãos (aumentou US$ 190,2 milhões em relação a junho 2014), carne de frango in natura (US$ 65,8 mi), suco de laranja (US$ 46,7 mi), celulose (US$ 42,1 mi), papel (US$ 26,7 mi), feijões secos (US$ 13,0 mi), leite em pó (US$ 9,9 mi), madeira serrada (US$ 9,4 mi), madeira compensada ou contra-placada (US$ 6,9 mi) e madeira perfilada (US$ 5,9 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproximadamente US$ 416,6 milhões nas exportações do agro de junho.
Nos destinos dos produtos do agro brasileiro, os 10 principais países que mais cresceram suas importações foram: China (US$ 476,6 milhões a mais que em junho de 2014), Egito (US$ 105,3 mi), Índia (US$ 85,1 mi), Arábia Saudita (US$ 61,0 mi), Irã (US$ 60,3 mi), Bangladesh (US$ 54,5 mi), Vietnã (US$ 53,4 mi), Bélgica (US$ 47,2 mi), Eslovênia (US$ 20,7 mi) e Tunísia (US$ 18,5 mi). Juntos, estes dez países foram responsáveis pelo aumento de US$ 982,5 milhões.
As importações do agronegócio comparando-se junho de 2014 com junho de 2015 diminuíram 12,8%, seguindo a tendência de queda observada ao longo de 2013 e 2014.
Esta primeira metade de 2015 apresentou com queda considerável no valor das exportações em relação a 2014, e reduções nas importações de importantes mercados como a China, Estados Unidos e Europa.
Talvez a meta de US$ 100 bilhões não seja alcançada neste ano de melhorias na economia internacional e de sensível desvalorização do real. Não apenas o câmbio, mas outras dificuldades exportadoras de nossas cadeias produtivas afloram, além do importante e nocivo efeito de preços internacionais das commodities relativamente menores no nosso desempenho exportador.
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