Água Clara | Da Redação/Com Jornal do Povo de Três Lagoas | 19/03/2013 12h51

Carreta tomba e polui margens da BR-262 com diesel

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O derramamento de óleo diesel às margens da BR-262, em Água Clara, gerou multa de R$ 30 mil a uma empresa transportadora de combustíveis. De acordo com a Polícia Militar Ambiental (PMA), o acidente ocorreu domingo, no Km 132, a 10 quilômetros do perímetro urbano de Água Clara. 

Uma carreta bitrem tombou na pista e despejou parte de uma carga de 45 mil litros de óleo diesel, provocando poluição no solo e na vegetação. O combustível foi embarcado em Paulínia (SP) e era destinado a postos revendedores de Rondonópolis (MT). A PMA, que foi avisada do acidente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), informou que apenas uma parte do combustível foi derramada, mas o potencial poluidor justifica multa de R$ 30 mil.

Em outro acidente ocorrido no início de abril do ano passado com uma composição da América Latina Logística (ALL), na estação ferroviária de Gigante, em Três Lagoas, houve derramamento de 67 mil litros de óleo diesel. Nesse caso, a PMA arbitrou a multa em R$ 1,81 milhão. 

Quanto ao acidente ocorrido ontem, segundo a PMA, bombeiros, com auxílio de fazendeiros, conseguiram fazer diques para evitar que o diesel se espalhasse. Parte do combustível foi recolhida por outro caminhão tanque. 

No caso da multa milionária aplicada à ALL no ano passado, havia o agravante da reincidência e o risco de incêndio de grandes proporções em área habitável. Pesou também o fato de a empresa do transporte ferroviário não ter comunicado às autoridades o acidente e a PMA só ter chegado ao local em razão de denúncias. 

Houve, segundo a PMA, descumprimento do que prevê a Licença Ambiental de Operação (LO), que obriga a informar às autoridades qualquer acidente que ocorra, prontamente.

A ALL chegou a descaracterizar o local, removendo o óleo, que poderia, ainda, ter atingido o lençol freático. A 300 metros havia uma represa. Na época, a ALL esclareceu que uma equipe de atendimento emergencial providenciou uma vala impermeabilizada para a contenção do combustível, usando os serviços de empresa especializada.

No caso da carreta bitrem que tombou no domingo, a PMA informou que, além da autuação da transportadora, que tem sede em São Paulo, os responsáveis podem responder por crime culposo ambiental, sem prejuízo da obrigação de recuperação da área degradada.

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