Água Clara | Da Redação/Com Assessoria | 05/08/2015 15h35

Vereador confessa recebimento de diárias e acusa mais seis

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(Foto: Reprodução/Internet)

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A situação do vereador Marcelo Batista de Araújo, vulgo Marcelo Carvoeiro (PSC), denunciado e agora investigado pelo MPE, por fortes indícios de fraude em obtenção de empréstimos consignados com percentuais acima do permitido em lei, e, também, por recebimento de diárias utilizando-se de meios fraudulentos, se complicou tanto na justiça (investigado confesso), quanto no conceito da opinião pública, pois foi desmascarado da faceta de incorruptível, depois de conceder entrevista ao radialista João Flores Júnior no programa "Em cima da hora" da rádio WEB MS, na tarde da última segunda-feira (02); oportunidade em que tentou minimizar o escândalo trazido ao conhecimento público pela imprensa do teor da denúncia formalizada à promotoria da Comarca de Água Clara-MS.

Na tentativa desesperada em justificar o injustificável (explicar como conseguiu a proeza de estar em dois lugares ao mesmo tempo em Brasília-DF e na sede da Câmara Municipal em Água Clara-MS) confessou ao público ouvinte que realmente recebeu as diárias e, ainda, facilitou o trabalho investigativo dizendo que outros seis vereadores estiveram com ele.

Sobre as diárias fraudulentas o vereador Marcelo Carvoeiro ao invés de apresentar documentos que comprovassem efetiva realização da viagem tais como notas de hospedagem, alimentação, passagens aéreas que deveriam constar do relatório de prestação de contas se limitou a dizer:
"Eu não sei o porquê tem só meu nome, no dia 27 de fevereiro nós estávamos em sete em Brasília, eu não sei que explicação eu tenho que dar..."

Não declinou provas nem argumentos para confirmar que esteve no dia 28 de fevereiro em Brasília-DF, apesar de reafirmar que esteve, declarações que sob o aspecto jurídico soa uma confissão da prática de fraude, pois existe documento oficial (ata de votação e presença) assinada pelo parlamentar atestando sua presença em referida data no município de Água Clara e não em Brasilia-DF.

Sobre a fraude para conseguir empréstimos consignados em percentuais com o dobro da margem prevista em lei, os argumentos foram mais estapafúrdios, fez se passar por leigo ao que dispõe a lei, pois ele é legislador e deveria necessariamente ter conhecimento do teto máximo para conseguir empréstimo consignado. Ficou claro que usou de má fé, nesse caso específico comprometeu terceiros que colaboraram para que ele obtivesse esta vantagem ilícita.

De certa forma, despropositada, o vereador Marcelo Carvoeiro acabou por prestar um grande serviço à população combatendo a corrupção e desmascarando políticos desonestos, ele próprio pela confissão e outros que possivelmente estejam na mesma condição através da delação.

O vereador Marcelo Carvoeiro sempre foi visto por muitos de seus pares e grande parte da população como um "personagem bonachão", sem credibilidade, desprovido de capacidade de oratória, mesmo assim, em muitas ocasiões se valendo da prerrogativa de parlamentar usou da tribuna para de forma agressiva, até mesmo inconseqüente, atacar seus adversários.

A mais recente investida do vereador foi contra o prefeito Silas José, episódio que gerou muita polêmica, pois, afirmou levianamente que havia sido assediado com proposta de oferecimento de vantagem financeira na troca por votos favoráveis aos projetos de interesse do executivo; entretanto, sem apresentar nenhuma prova material que comprovassem o alegado, denúncia inconsistente, encerrada apuração dos fatos a justiça determinou a recondução do prefeito ao cargo.

Após perpetrar e por em prática a tentativa frustrada de derrubar de forma inescrupulosa o prefeito Silas José, o vereador caiu em descrédito, principalmente em razão das agressões verbais que proferiu impiedosa e desrespeitosamente contra os nomes do prefeito, seus secretários e assessores, em todos os seus pronunciamentos abordando o fato se auto intitulava honesto e incorruptível, no entanto, sua mascara caiu pois lançou mão de métodos e artifícios sorrateiros, para apropriar-se do dinheiro público em detrimento da população para benefício próprio.