Aparecida do Taboado | Roberto Abib | 27/09/2011 15h02

Dupla Pai e Filho Sertanejo faz show nesta terça-feira

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Em comemoração ao aniversário da cidade, a dupla Pai e Filho Sertanejo fará um Show nesta terça-feira, às 21 horas, na Praça do Santuário. Nós conversamos com Elvis e Leal. Veja abaixo um pouco dessa conversa.

 

 

 

Quando você começou a despertar a vontade de cantar?

 

Leal - Desde criança, foi num circo em Aparecida do Taboado, o Circo do Peteleco. Nesse dia, estava acontecendo um concurso de quem cantasse melhor ganharia um ingresso pra entrar no outro dia, de graça. Minha mãe falou para não ir, tinha 13 e 14 anos mais ou menos, mas eu fui escondido e de repente minha mãe me vê no palco cantando; cantei a música do José Rico, em Busca do Amor. Foi a primeira vez que cantei em público e fiquei em primeiro lugar, lembro-me que o circo estava lotado e fui bem aplaudido.

 

E ao completar 14 anos, não parei mais de cantar; foram 14 anos morando aqui na região, 4 em Aparecida e  10 anos em Cassilândia. E depois mais 13 anos em São Paulo.

 

E como foi a participação no programa de calouros Raul Gil?

 

Leal - Foi em 2008, o programa era exibido pela Rede Bandeirantes, ficamos praticamente dois anos e meio no programa. Entramos como calouros e ficamos doze semanas seguidas. Vencemos as 12 etapas e fomos contratados, depois tivemos a felicidade de homenagear artistas. Somos os primeiros calouros a homenagear artistas no programa do Raul Gil. A primeira homenagem foi com o José Augusto e depois vieram a homenagem a Aguinaldo Timóteo, Aguinaldo Rayol, César e Paulinho, Felipe e Falcão. Chico Rei e Paraná, César Minotte e Fabiano, Fernando e Sorocaba.

 

Eu tenho muito a agradecer esse espaço que tive no programa e carinho que recebi do Raul Gil e do Raulzinho, porque aquilo que se vê na Tv é real, os dois têm um coração enorme. Já tiveram pessoas de talentos que eles apresentaram, mas infelizmente, não souberam administrar a carreira. Eles se preocupam mais com o programa do que trabalhar o artista. 

 

Os artistas famosos em programas de calouros, geralmente, quando saem do programa, não se destacam mais para o grande público. O que acontece?  

 

Leal - Esses programas é uma vitrine que os artistas precisam para que surjam várias oportunidades. A partir dali, as pessoas precisam andar com as próprias pernas. Os produtores desses programas têm apenas a preocupação com o programa.

 

 Elvis como é cantar em Aparecida do Taboado?

 

É maravilhoso vir cantar na terra do meu pai. E sei que pra ele é muito especial, se para ele é significativo sem dúvida pra mim também é, pois estarei do lado dele para fazer o melhor. Tenho certeza que o povo vai comparecer e teremos um repertório para agradar todo mundo.

 

Leal - A emoção é muito grande, pois faz tempo que a gente vem querendo cantar em Aparecida do Taboado. Será uma realização, tinha um sonho de fazer um show com banda, palco, produção, repertório para agradar a todos e apresentarei até uma música gospel.

 

Elvis os intérpretes da sua geração estão cantando um novo sertanejo, que ficou conhecido pelo cantor Luan Santana. E tem essa convivência com seu pai cantando o sertanejo de raiz, como é essa experiência?

 

Acompanhei o meu pai com o sertanejo de raiz, e a evolução vai acontecendo, a gente vai se renovando.  Na verdade, a gente juntou o novo e o de raiz. Ele tem o “modão” sertanejo que eu o acompanho, e ele me acompanha nas músicas novas. A gente tem música neste estilo. O sertanejo antigo não morre e não tem idade para cantar também.

 

E sobre o “boom” da internet, com a disponibilização de música pela rede. Isso facilita ou prejudica o trabalho de vocês?

 

Leal - Facilita, pois não nos preocupamos mais com a venda de cd, hoje a preocupação nossa é a divulgação, então se a gente pudesse pegar um avião e esparramar CD em toda cidade para nós seria maravilhoso. Como compositor que sou, aí já não é bom, mas meu trabalho é focado como cantor, então a internet nos ajuda muito.

 

Elvis quando você começou a cantar com seu pai?

 

 Eu sempre o acompanhei nos shows e subia no palco para cantar uma ou duas músicas; e fui aprendendo, pegando o gosto. Meu pai queria que eu estudasse, mas queria mesmo era cantar. E depois de muitas parcerias que não deram certo, ele estava fazendo carreira solo e num certo dia, resolvemos formar dupla.

 

Leal você queria que seu filho estudasse antes de cantar. Por quê?

 

Quando estou na TV, sempre falo para as crianças que estão me assistindo para estudarem. A vida de artista é gostosa. É muito gratificante o público te aplaudir. Na vida de artista você se emociona, chora; você se sente bem demais, mas o estudo é uma coisa que ninguém te toma. A música e o esporte é um tiro no escuro, quantos talentos vemos por aí que não venceu?

 

 

 

 

 

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