Brasilândia | Da Redação/Com Assessoria | 30/11/2012 14h25

Brasilândia vira conexão do contrabando de cigarro

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Os trechos da MS-385 entre Bataguassu e Brasilândia e da BR-158 até Três Lagoas são as rotas preferidas dos contrabandistas de cigarro para distribuição do produto no interior de São Paulo e Minas Gerais. 

Baseada nas apreensões feitas nos últimos 12 meses, a polícia descobriu que Brasilândia tornou-se uma das principais conexões do contrabando de cigarro, em razão de sua capilaridade. Há muitas estradas vicinais, devido aos assentamentos rurais, que facilitam o uso da rota. 

Veículos que transportam cigarro contrabandeado do Paraguai ficam escondidos nas estradas vicinais e são orientados via rádio pelos “batedores”. Como são curtas as distâncias monitoradas pela polícia, os contrabandistas aproveitam os momentos de troca de turno e mudanças de escala para desovarem o cigarro.

A preferência dos contrabandistas por esse corredor, em razão das ligações com São Paulo, por meio das pontes sobre o rio Paraná, começou a ser percebida em maio, com a abordagem de um Tempra abarrotado de pacotes de cigarro. De lá para cá, as apreensões foram se intensificando. 

Concomitante a isso, há um fato curioso: os contrabandistas usam a capacidade total de transporte, mesmo de veículos pequenos, de passeio, diante da certeza de burlar a fiscalização. Em 24 de setembro, foi feita uma das maiores apreensões: uma carreta que transportava 1.400 caixas.  Toda a ação foi realizada pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Um mês depois, foram apreendidos 6.100 pacotes. Em 60 dias, mais 3 mil e, anteontem, mais 1.800 pacotes.

Batedor

Na apreensão de quarta-feira, feita por policiais militares do 2º BPM de Três Lagoas, verificou-se que a tática é a mesma de outros casos recentes. Um batedor vistoria a pista e comunica, via celular, a situação nas estradas. 

Um homem de 31 anos foi detido realizando esse trabalho. Com a detenção dele, foi possível à PM localizar um Astra abarrotado de cigarro contrabandeado em um Motel nas proximidades de Brasilândia. O veículo ficou muito tempo transitando por estrada vicinal até entrar na rodovia. Pelo volume de cigarro apreendido, a polícia calcula que muitas cargas já devem ter passado. 

“Eles fazem de tudo para burlar a fiscalização”, disse uma fonte policial, informando que a partir de agora a polícia está adotando uma estratégia de monitoramento por meio dos destacamentos policiais nas localidades sob influência dessa nova rota do contrabando. 

Por enquanto, a polícia trata o caso como rota de contrabando formiga de pequenas cargas, mas desconfia que ela também esteja sendo usada para os grandes carregamentos. Por isso, será intensificada a fiscalização sobre carretas e caminhões com cargas fechadas.

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