Emprego | Com Tatiane Simon | 05/03/2017 09h00

Desemprego é maior entre os jovens no Brasil

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População desocupada de Mato Grosso do Sul aumentou 42% no último trimestre de 2016, conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) através da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. Em todo o país o número de desempregados é de 12,3 milhões.

Segundo o IBGE, os jovens, com idade entre 18 e 24 anos, são os mais desocupados. A cada quatro jovens, um está fora do mercado de trabalho formal (25,9%). A população com idade entre 40 e 59 anos é a menos atingida pelo desemprego no país (6,9%) e 11,2% dos desocupados têm entre 25 e 39 anos.

Em entrevista à revista Rara Gente, a psicóloga organizacional e consultora empresarial Edilene de Freitas Camargo comentou sobre o crescente desemprego no Brasil e de como o profissional pode se recolocar no mercado. Segundo ela, os dados expressam uma percepção do mercado financeiro a de que "as empresas estão cada dia mais exigentes e acabam escolhendo o profissional com mais experiência na área e com um perfil de qualificação melhor, atingindo, conseqüentemente, o jovem recém-formado”.

Aceito um emprego diferente da minha formação ou espero mais tempo?

O subemprego é um meio para que este jovem não fique desempregado. Ele estará inserido no mercado de trabalho exercendo uma profissão diferente da sua formação, no entanto, é uma forma de manter-se empregado e aproveitar para investir em cursos complementares. De acordo com Edilene é um caminho para obter um sustento, fomentar uma rede relacionamentos (os chamados networkings), financiar os estudos e, claro, combater a taxa de desemprego!

Possuir ensino superior significa não ter mais que voltar às salas de aula?

O momento demanda aperfeiçoamento e qualificação. Isso é obtido somente com cursos, seja uma pós-graduação, presencial ou à distância, ou um curso técnico. Isso porque, segundo Edilene, quando o mercado estiver mais estável e as contratações voltarem a ocorrer, este jovem, que hoje é um recém-formado e desempregado, não pode nos próximos anos estar desatualizado. A probabilidade de esta pessoa continuar desempregada é ainda maior do que aquele que durante esse tempo aproveitou para fazer cursos complementares.

Estágio é a porta de entrada para o mercado de trabalho. Mito ou verdade?

A mais pura e absoluta verdade! Quem faz estágio será um profissional diferenciado no futuro. Mesmo o estágio não remunerado tem sim o seu valor. A prática tem peso no currículo, é complementar ao que se aprende na faculdade e é muito bem visto pelas empresas durante a entrevista de emprego. E mais do que isso, o estudante que demonstrar interesse, ser pró-ativo, ético, compromissado e “vestir a camisa” da empresa tem grandes chances de ser contratado depois de formado.

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