Geral | Com Camila Carvalho | 29/08/2016 14h01

Três-lagoenses explicam porquê Pokémon Go perdeu popularidade

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Segundo o portal de notícias Game Hall, o interesse nas pessoas em continuarem jogando Pokémon Go despencou. Em Três Lagoas, é notável a redução de pessoas jogando quando passamos pelas pokestops, especialmente a igreja Matriz, principal ponto de encontro dos treinadores.

- 15 MILHÕES DE USUÁRIOS

O jogo de realidade aumentada foi um verdadeiro femômeno, no Brasil chegou a ter mais de 40 milhões de usuários ativos por dia, porém não está mais conseguindo prender a atenção dos jogadores. Em pouco mais de um mês após seu lançamento, uma pesquisa do Game Hall mostra que o Pokémon Go já perdeu mais de 15 milhões de usuários ativos.

Um mês atrás, em pouco tempo na frente de qualquer pokestop víamos muitos carros de pais com crianças, só parando para pegarem pokebolas, ou indo buscar grupos de crianças que estavam no local jogando, e até grupos de amigos, percorrendo a cidade atrás dos monstrinhos.

O número de adultos jogando sempre foi o mais surpreendente para a comunidade, andavam em grandes grupos e passavam horas jogando, diariamente. Era impressionante a quantidade de pessoas se mobilizando para jogar.

Em Três Lagoas, hoje, segundo os jogadores, os motivos pela perda de popularidade é a necessidade de investir um tempo grande no jogo, além da precariedade em pokestops e ginásios.

ASSALTO

O Leonardo de Paula, 18, estudante, contou que está jogando com menos frequência por falta de tempo, e relatou ainda que durante uma caçada quase foi assaltado.

“Eu e um amigo estávamos voltando da Matriz, quando passou por nós dois caras de bicicleta, eles viraram e pararam na esquina, abordaram a gente e queriam roubar nossos celulares. Quando viram que o meu era um iphone 6, e que o dava pra recuperar depois, por rastreio, conversamos, eles pediram pra tentar tirar o chip, senha. E eu não consegui, mas fiquei conversando, um deles tava com uma pedra na mão. Daí parou um carro branco, que devem ter notado o assalto, desceram do carro e ficaram olhando pra gente. Quando virou um grupo de umas dez pessoas de bicicleta eu comecei a gritar, ‘tão tentando me roubar’, e sai correndo, daí eles nem vieram atrás”, contou Leonardo.

BUG

O Luiz Quirino, de 27, técnico em informática, disse que perdeu a paciência com bugs do jogo.

“Eu já estava jogando menos por que a bateria do celular estava sempre descarregando. Esses dias fiz logout do jogo e mesmo com o som do celular no mudo ele começou a tocar. Depois de fazer logout toda vez que eu desbloqueava o aparelho o jogo abria sozinho, acabei desistindo de manter ele instalado quando em horário de aula eu desbloqueei o aparelho e ele começou a tocar o som do jogo. Desesperado eu reiniciei o aparelho ao invés de desligar, quando o aparelho reiniciou ele abriu o jogo com o volume no máximo. O professor ficou chateado, a turma toda riu e eu resolvi que já tinha passado da hora de remover o jogo”, relatou Luiz.

AMOR PELO POKÉMON

A Bárbara Ojeda, 17, estudante, afirma que ainda joga, mas notou que muitos amigos de escola já desinstalaram o jogo.

“Eu nunca fiquei jogando toda hora, até por que não tenho esse tempo. Geralmente abro o jogo saindo da escola, e sábado combino com uma amiga de sair para caçar. Mas isso por que eu gosto muito de Pokémon”, disse Bárbara.

SEM TEMPO

O Fernando Miranda, 28, social media, afirma que não está mais jogando com a mesma frequência, a pesar de ainda manter o jogo instalado.

“O jogo exige muito tempo e dedicação, para achar pokemons raros, para pegar pokebolas e outros itens necessários. Eu tenho trabalho e família, não dei conta de continuar jogando”, contou.

UMA MESTRE

A Thairine Bernachi, 24, estudante, continua jogando com a mesma empolgação e emoção, ela ainda analisa os pontos positivos do game.

“Quem nunca sonhou em ser um mestre pokémon, né? Como a maioria dos jogos, ele te prende, e o mais legal de tudo é que ele faz o inverso de outros aplicativos que te afasta que quem está perto e te aproxima de quem está longe. Esse jogo te obriga a sair de casa e interagir com as pessoas reais. Eu me considero uma pessoa sedentária, e o jogo me motivou a caminhar, tanto pra ir atrás de pokemons, quando pra chocar os ovos. Eu tenho alguns amigos que pararam de jogar, uns por falta de tempo, outros porque aqui na cidade ainda é meio precário em termos de pokestops e ginásios. É um jogo novo e ainda precisa de adaptação, mas espero que em breve a empresa abra mais pokestops e ginásios nas cidades do interior e inclua mais novidades e referências, tanto do anime, quanto de jogos passados”, afirmou Thairine.

1ª VERSÃO

De acordo com a Niantic, desenvolvedora de Pokémon Go, o jogo ainda está no seu formato mais básico. A empresa pretende ir adicionando mais conteúdo nele ao longo do tempo para que os jogadores se mantenham interessados.

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