Indústria | Com Assessoria Fiems | 01/03/2018 07h40

Fiems pede ao BNDES redução da burocracia na liberação de recursos

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A redução da burocracia na liberação de recursos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) foi o principal ponto defendido pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, durante reunião realizada nesta terça-feira (27), em Brasília (DF), na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), entre os empresários do setor industrial de todo o País e o presidente do banco estatal Paulo Rabello de Castro.

“O presidente trouxe os números do BNDES, as discussões de uma nova política que ele quer construir para atender as demandas da indústria, colocando novamente o setor como foco. Eu entendo isso como positivo, mas, particularmente, não acredito, até porque o BNDES tem uma estrutura grande e o primeiro sinal que ele deu de melhorias nas linhas de crédito para atender as grandes demandas, que é o varejo, foi frustrada pelas taxas de juros, como é o caso do Cartão BNDES”, pontuou Sérgio Longen.

O presidente da Fiems destaca que o Cartão BNDES era uma linha boa e, por isso, sugeriu a Paulo Rabello para que o banco avance nesse sentido. “Defendemos que os limites de crédito do Cartão BNDES sejam ampliados para atender o número maior de empresas de uma maneira bem mais fácil e com juros mais aceitáveis. Não se pode dar um cartão de crédito para uma empresa comprar máquinas ou equipamentos em até 48 meses, com juros de 1,5% ao mês, isso é inadmissível. Então eu entendo que o BNDES precisaria rever essa linha de crédito e também voltar com as ações de capital de giro e desburocratizar o banco, que é conhecido e reconhecido no Brasil inteiro pela sua burocracia”, analisou.

País da virada

Ainda durante a reunião com os empresários do setor industrial, o presidente do BNDES, Paulo Rabello, ressaltou que a indústria será a principal responsável pela virada que o País dará nos próximos anos. “Onde está a obsessão pela indústria e pelo desenvolvimento? A ressurreição da política brasileira está nessa virada e a pauta industrial está associada à pauta macroeconômica”, garantiu.

Paulo Rabello informou que o planejamento estratégico do BNDES é para 2035 e o ideal é romper os limites dos 2% do PIB (Produto Interno Bruto). “A análise de dois cenários: o cenário de crescimento de 2,8% é o de destravamento. E depois um cenário de crescimento de 3,9% do PIB é o de potencialização, ou seja, a buscar potências. Quando atingir esses 3,9% de crescimento do PIB, é a hora da virada industrial e a indústria começa a retomar o seu avanço”, projetou.

Ele também fez questão de ressalta que no ano passado 2/3 dos desembolsos do BNDES foram para as micro e pequenas empresas. “Nesse sentido, pretendemos abrir uma gerência regional em cada Estado do País, pois acreditamos que o momento é de exportar e saber financiar os nossos produtos de exportação se quisermos crescer. Por isso, vamos trabalhar para fortalecer ainda mais os pilares do BNDES, que são inovação, interiorização, infraestrutura e indústria intensiva”, afirmou.

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