Prefeito busca solucionar problema de tratamento de resíduos sólidos
O prefeito Robinho Samara solicitou uma audiência com os vereadores na sexta-feira, 26, às 14h, para apresentar uma usina de tratamento de resíduos sólidos, com o objetivo de resolver a situação do município perante o Ministério Público Federal que solicita a adequação do serviço desde 2001.
Representada comercialmente por Alexandre Alves Ferreira e Eduardo Luiz Elias, a Usitrar Eco-Energy é uma empresa brasileira especializada no tratamento de resíduos e geração de energia pelo processo de “carbonização”. Com tecnologia 100% nacional, a empresa transforma os resíduos que hoje representam um grande problema para as cidades, em energia limpa e barata para uso próprio. Sob o ponto de vista econômico, ecológico e social, pode ser uma alternativa que realmente contribua para a solução dos problemas relacionados ao tratamento e disposição dos resíduos.
Os vereadores que estiveram presentes, conhecendo a proposta e o funcionamento da empresa, foram: Carlos Antônio Socorro da Silva (Socorro), José Rodrigues de Matos (Zezão do PT), Jefferson Rinaldi Bernardino (Jeffinho), Rogério Mendes Ramos, Gustavo Carvalho e Rodrigo Queiroz Neto (Rodrigo Chapéu). Os demais vereadores viajavam a trabalho.
A reunião contou com a presença do Secretário de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Athayde Neri, que apoia o projeto e foi quem o apresentou para o prefeito.
“Uma das questões mais transponíveis em nosso Estado é a questão da destinação de resíduos sólidos. Eu fui vereador por quatro mandatos em Campo Grande e lá a questão do lixo está sem resolver até hoje, porque não tem tecnologia que consiga dar solução definitiva. Lá tem paliativos que vão se acumulando. Os 79 municípios de Mato Grosso do Sul estão hoje diante de uma situação absolutamente devastadora no ponto de vista público, que é você ter o M.P pressionando corretamente, porque desde 2014 já pelas normas Federais era para todos terem resolvido essa questão de resíduo sólido e vem se alongando, exatamente porque não tem como fazer. Primeiro, porque o município não tem dinheiro; segundo, a solução acaba sendo de longo prazo e o problema acaba não se resolvendo”, explicou.
A solução, segundo contou o secretário, foi vista ao conhecer a empresa. Em conversação com o governador Reinaldo Azambuja, o secretário Athayde Neri foi orientado a conversar com os prefeitos e apresentar o projeto. “O que diferencia esta empresa das outras é que a maioria oferece a usina e depois deixa o município com a responsabilidade de tocar. O que a gente percebeu foi que o principal objetivo da usina é ela se instalar, ela fazer a gestão e o principal elemento é a geração de energia, sem contar que a emissão de gás carbônico é inexistente. Fazendo esta ação [de reunir Poder Executivo com Legislativo] e com união, é possível resolver a questão do lixo” argumentou.
O projeto é um investimento de R$ 10 milhões de capital privado sem que haja nenhuma contrapartida da Prefeitura. O prefeito Robinho Samara explicou aos vereadores que para trazer a empresa para Aparecida do Taboado será preciso a união com os municípios vizinhos, pois a indústria precisa de 50 toneladas por dia para operar e a cidade tem uma produção diária de 25 toneladas. Robinho enfatizou que já está em conversação com os municípios e um dos que assinalaram positivamente ao projeto foi Selvíria, o que faz com que haja o peso exigido. “O que queremos é fazer uma parceria que nos traga resultado eficiente e quando a gente realmente tem uma empresa que queira investir, a gente busca fortalecer os vínculos. É preocupante a situação no município, como é em todo o País, por isso a gente tem interesse neste serviço desde quando assumimos a Administração Municipal”, disse.
A indústria garantiu que foi idealizada respeitando o meio ambiente e as pessoas, e atendendo o código ambiental brasileiro, que hoje é considerado um dos mais exigentes do mundo.
Caso o projeto seja aprovado pela Câmara de Vereadores, após a licitação da obra, a construção, segundo os representantes comerciais, é de 180 dias após a expedição da licença ambiental.
Uma exigência do Chefe do Poder Executivo é que 80% dos empregados, tanto na construção como na indústria, seja de aparecidenses.
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