Projeto Artes da Penha é voltado para mulheres vítimas de violência doméstica
Com o objetivo de capacitar mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que se encontram em situação de risco, a Promotora de Justiça Luciana do Amaral Rabelo, titular da 72ª Promotoria de Justiça de Campo Grande da Casa da Mulher Brasileira, lançou, nesta última sexta-feira (21/9), o Projeto “Artes da Penha”.
O Projeto visa proporcionar capacitação às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, por meio de oficinas, palestras e aulas de artesanatos. Todo o material produzido pelas vítimas, será vendido com a finalidade de obtenção de renda e aquisição de novos materiais para a produção de artesanatos.
Durante as oficinas, essas mulheres aprendem diversas técnicas de artesanato, confecção de bonecas de pano, bonecas de biscuit, tapetes, centros de mesa, dentre outros produtos.
De acordo com a Promotora de Justiça Luciana do Amaral Rabelo, o projeto é uma oportunidade para que essas mulheres tenham suporte financeiro e psicológico para que, no futuro, retornem ao mercado de trabalho e não voltem a conviver com os seus agressores.
O projeto se estende para todas as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar alojadas na Casa Abrigo de Campo Grande e no alojamento de passagem da Casa da Mulher Brasileira, bem como participantes do Grupo Reflexivo Atitude da 3ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
Violência
No Brasil, a realidade de mulheres vítimas de violência doméstica ainda é impactante. De acordo com a estatística do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada 2 horas ocorre um feminicídio. E, a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada.
Em Mato Grosso do Sul, essa realidade não é diferente. No entanto, a 72ª Promotoria de Justiça foi criada e instalada na Casa da Mulher Brasileira em 3 de fevereiro de 2015 e, no decorrer do tempo, verificou o alto índice de mulheres desprovidas de qualquer informação sobre seus direitos, enquanto vítima de violência doméstica e ainda, carentes de informações jurídicas que elevem o papel desta mulher como protagonista de suas ações e decisões.
Além disso, foi constatado que a dificuldade da mulher em romper o laço afetivo decorre, principalmente, do fato de não possuírem condições financeiras para mudar o rumo de sua vida e ter dependência financeira do agressor.
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