Leishmaniose é tema de palestra para agentes de saúde de Paranaíba
Visando esclarecer sobre os problemas causados pela leishmaniose e as formas de prevenção, a Vigilância Sanitária em Saúde de Paranaíba promoveu uma palestra com os agentes de controle de vetores e endemias, na terça-feira (9), na sede do Sindispar. A palestra foi conduzida pelo médico veterinário Gilson Luiz Piva Filho.
“A prevenção é a melhor forma de evitar problemas em todos os tipos de doenças, por isso proporcionar conhecimento para setores específicos é necessário para evitar essas questões”, explica o veterinário.
Na segunda-feira (8) foi divulgado o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostrou que em 2019, Mato Grosso do Sul registrou 16 casos de leishmaniose visceral, metade deles em Campo Grande e um óbito em Três Lagoas. Em Paranaíba houve casos positivos, mas nenhum em humano.
Segundo o boletim, até o dia 4 de abril oito cidades registraram os casos e liderando o ranking está a Capital com 8, metade do total. Em seguida vem Coxim com duas notificações confirmadas. Já Aparecida do Taboado, Alcinópolis, Aquidauana, Bataguassu e Corumbá tiveram apenas 1 registro de leishmaniose.
Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma doença ainda sem cura e transmitida pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas.
O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e de animais doentes, principalmente cães, e transmite o parasita à pessoas e animais sadios. Existem dois tipos de leishmaniose, a visceral e a tegumentar.
Entre os principais sintomas da leishmaniose visceral, considerada mais grave, estão alteração do estado geral, febre, palidez, fraqueza e aumento das vísceras – principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. Nos cães também pode haver descamação de pele e crescimento progressivo das unhas.
Para combater os focos do mosquito, é fundamental manter terrenos limpos de resíduos orgânicos, como folhas, frutas e lixo comum – diferentemente do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikuyngunia, o mosquito-palha não precisa de água parada para se reproduzir.
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