Paranaíba | Com Prefeitura de Paranaíba | 12/04/2019 12h30

Profissionais de saúde recebem treinamento sobre hanseníase

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Os profissionais de saúde de Paranaíba receberam, entre os dias nove e 12 deste mês, um curso intensivo de capacitação sobre hanseníase. O tema foi tratado pela Coordenadoria Estadual responsável pelo setor. Foram debatidas situações sobre prevenção e importância do tratamento.

Geiza Poliane de Oliveira, responsável técnica pelo aprimoramento, afirmou que o intuito é trazer melhores condições de reconhecimento para os profissionais o que dará melhor suporte para os pacientes.

“O ministério da Saúde junto com a coordenadoria estadual veio para capacitar os profissionais do município e trazer um melhor atendimento para os profissionais do município”, afirmou Geiza.

Participam do treinamento enfermeiros e fisioterapeutas que prestam serviço na saúde do município.

Tratamento

Atualmente Mato Grosso do Sul apresenta 598 casos em tratamento para hanseníase, e ao longo dos anos vem atingindo a meta de cura de 75% dos casos diagnosticados, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. “Ressaltamos que a Hanseníase é uma doença transmissível e de evolução lenta, porém tem cura e o tratamento é fornecido pelo SUS”, explica a gerente Geisa Poliane que também ressalta a importância da prevenção: “Em busca da interrupção da cadeia de transmissão, além de curar os doentes, é necessário realizar busca ativa de casos entre os contatos intradomiciliares, favorecendo o diagnóstico precoce e prevenindo incapacidades. Em 2018, Mato Grosso do Sul registrou um total de 88,7% de contatos examinados, ultrapassando a meta estabelecida, de examinar 85% dos contatos”.

Para atingir esses números, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) por meio do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, realiza sistematicamente diversas atividades em parceria com o hospital de referência (Hospital São Julião) e o Laboratório Central (LACEN) em ações de controle, que envolvem treinamentos da rotina do serviço para os profissionais de saúde dos municípios, capacitações de educação em saúde, treinamento em diagnóstico laboratorial, manejo clínico da doença, supervisões técnicas, apoio técnico e logístico, além de campanhas educativas.

Dentre as ações da SES a gerente do Programa destaca a Campanha Estadual do Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase realizada no início deste ano. Ela explica que o objetivo foi alertar a população sobre sinais e sintomas da doença, estimular a procura pelos serviços de saúde e mobilizar profissionais na busca ativa de casos, favorecendo o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a prevenção das incapacidades.

Além do diagnóstico precoce e do tratamento oportuno a SES também aborda a incapacidade física na hanseníase, pois se trata de uma doença incapacitante e que gera deformidades físicas, sendo essas responsáveis pelo estigma e discriminação às pessoas que têm ou tiveram a doença.

A doença

A hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.

A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. Entretanto, a terminologia hanseníase é iniciativa brasileira para minimizar o preconceito secular atribuído à doença, adotada pelo Ministério da Saúde em 1976. Com isso, o nome Lepra e seus adjetivos passam a ser proibidos no País.

O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo, entre os países que registram casos novos. Em razão da elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no País.

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