Esporotricose: Saiba o que é e como prevenir doença de pele
Recentemente ouve-se muito falar sobre Esporotricose, mas a infecção, que é provocada por um fungo presente na terra, ainda não é conhecida da população de Campo Grande. Infectando principalmente pessoas que trabalham com jardinagem, sem uso de itens de segurança adequados, e felinos que têm acesso à rua, o fungo do gênero Sporothrix, pode provocar lesões na pele, mas que são facilmente tratáveis.
Com o único caso anterior registrado em 2021 por um animal que fora trazido de Corumbá, cidade considerada endêmica para esta infecção, a Capital registrou recentemente três casos em felinos, o que gerou a mobilização da Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ). As equipes se deslocaram para as regiões onde houve as confirmações para dar início às ações de bloqueio e identificação de novos casos suspeitos.
“O CCZ está realizando a coleta de material de lesões em animais considerados suspeitos para que seja feita a análise laboratorial, além de fazer orientações sobre o tratamento”, explica a veterinária Cláudia Macedo.
Ela ainda relembra que, mesmo não sendo atividade comum da coordenadoria a realização de avaliações clínicas, no caso de felinos suspeitos, os veterinários do CCZ estão à disposição para avaliar o caso e orientar quais medidas devem ser tomadas para que o tratamento seja iniciado.
Casos em humanos
As mesmas lesões de pele presentes nos felinos também podem aparecer em humanos que tiverem contato com o fungo, que pode ser tanto através do contato direto com o solo, quanto através de arranhaduras e mordeduras de animais infectados.
O tratamento da esporotricose em humanos é facilitado, sendo disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) gratuitamente. De toda forma, a melhor maneira de evitar a contaminação pelo fungo é a proteção adequada, utilizando-se de vestimentas adequadas no manejo de jardins e a manutenção de quintais limpos.
Macedo ainda reforça que o cuidado com felinos também é essencial para evitar a propagação dessas infecções na pele entre a população. “É importante lembrar que os gatos também são vítimas do fungo, então evitar que o animal tenha acesso à rua, fazendo com que ele permaneça apenas no seu quintal que você tem a certeza estar limpo adequadamente e não tendo contato com possíveis animais infectados certamente irá proteger toda a sua família”.
A veterinária ainda lembra que o abandono animal contribui para o aumento do número de casos de esporotricose entre os felinos, aumentando, também, a ocorrência em humanos.
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