Fevereiro Laranja alerta para a leucemia e doação de medula óssea
Era dezembro de 2014 quando a servidora Vanessa Mansano fez o cadastro para se tornar doadora de medula óssea e suas informações foram agrupadas em um registro único e nacional chamado Redome. Todas as vezes que uma pessoa precisa de transplante, esse banco de dados é pesquisado na busca de alguém compatível.
A busca de compatibilidade também é simultânea numa rede internacional de bancos de medula óssea. Essa troca de informação permitiu que o menino Mustafa, de Konya, na Turquia, encontrasse a sua doadora, a brasileira Vanessa.
“Não há fronteiras para a compatibilidade. Eu me dispus a ser doadora e Deus usou a minha vida para operar um de seus milagres. Meu filho de medula hoje está com 15 anos, cheio de vida e de saúde, graças ao nosso misericordioso Deus. Seja disponível, seja doador, a cura de alguém pode estar em você”, disse Vanessa.
Fevereiro é justamente o mês de conscientização sobre a leucemia e a importância de se tornar um doador de medula óssea. A campanha intitulada Fevereiro Laranja também visa chamar a atenção para o diagnóstico precoce da doença.
As estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que para cada ano do triênio 2020-2022 serão diagnosticados mais de 10 mil casos novos de leucemia no Brasil, sendo 5.920 em homens e de 4.890 em mulheres. A doença tem o seu início na medula óssea, local onde são fabricadas as células sanguíneas e que dão origem aos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para milhares de portadores de leucemia, além de outras doenças do sangue. Por isso, a doação é tão importante.
Para ser um doador voluntário é preciso fazer o cadastro no Redome por meio dos Hemocentros, ter entre 18 a 55 anos, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa transmissível e não possuir histórico de câncer, doenças hematológicas ou autoimunes.
Legislação Estadual
Existem algumas normas estaduais que também tratam do tema. De autoria do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Paulo Corrêa (PSDB), a Lei 5.511 institui abril como o Mês do Doador de Sangue e Medula Óssea.
A Lei 4.827, do deputado Professor Rinaldo (PSDB) isenta o doador que, efetivamente, realizar a doação de células de medula óssea, do pagamento de taxas de inscrição nos concursos públicos realizados pela Administração Pública Direta, Indireta, Autárquica e Fundacional, no Estado de Mato Grosso do Sul.
A Lei 4.238, também de autoria de Rinaldo, estende aos doadores de medula óssea os mesmos benefícios concedidos a doadores voluntários de sangue (Lei 3.844), como prioridade em filas de bancos e desconto de 50% em casa de diversões ou estabelecimentos que realizam espetáculos.
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