Selvíria | Da redação/com Costa Leste News | 11/05/2013 16h33

Ex-prefeito diz que Selvíria parou no tempo

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Selvíria (MS) – O ex-prefeito Acir Kauás, 69 anos, não tem uma avaliação muito positiva do desenvolvimento do município, principalmente nos últimos anos. Para ele, baseado nos municípios circunvizinhos, Selvíria parou no tempo, “dos 11 municípios que se emanciparam em 1980, só Selvíria não conseguiu ainda se desenvolver plenamente”, afirma ele.
   
Para Acir, a forma paternalista de administrar a coisa pública é a principal responsável por este quadro, “enquanto for assim e os administradores continuarem com esta mentalidade, vamos caminhar para trás”, acredita ele.
   
No entanto, o ex-prefeito destaca que o município tem potencial para ser uma grande cidade, “temos recursos abundantes e um povo trabalhador. Falta visão administrativa e pulso para incentivar as pessoas a serem proativas”, sugeriu.
   
Acir acredita que Selvíria teve um impulso motivado pela instalação da Eldorado Celulose em Três Lagoas, mas diz que faltou dinamismo e empreendedorismo por parte do Poder Público e vereadores para beneficiar os selvirienses, “deveriam ter tentado absorver parte da mão-de-obra das empresas que foram instaladas aqui para atender a Eldorado na fase de implantação, já que a maioria delas está indo embora e nada foi feito para que elas ficassem”, afirma.
   
Outro ponto discutido foi a competitividade com o Estado de São Paulo, já que Selvíria está há 14km de Ilha de Solteira.
Para Acir, é necessário competência e criatividade para lidar com os problemas que esta proximidade acarreta, principalmente na economia local.
   
Sobretudo, apesar desta visão, o ex-prefeito acredita que dá pra correr atrás do prejuízo, “basta mudar o jeito de administrar”, afirma.

Acir Kauás era vereador de Três Lagoas e foi o primeiro prefeito de Selvíria, eleito em 1983, ficando no poder até 1988. Na época, o município era considerado um grande alojamento dos trabalhadores que construíam a barragem de Ilha Solteira, “naquela época encontramos muitas dificuldades, principalmente porque o município não tinha legislação. Tudo teve que ser criado. Além disso, as condições eram outras”, esclareceu. Eleito novamente em 2005, ele permaneceu no cargo até 2007, sob poder de uma liminar, sendo destituído em seguida. Neste mesmo ano, cinco prefeitos passaram pela cadeira do Executivo Municipal.

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