Cidade fecha o mês com saldo negativo de empregos

Três Lagoas (MS) - Três Lagoas voltou a ocupar a última posição no ranking de geração de empregos entre os municípios com mais de 30 mil habitantes de Mato Grosso do Sul. Em maio, o município fechou mais 1.143 postos de trabalho, o que lhe rendeu a 10ª colocação no ranking, elaborado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Conforme dados do Ministério do Trabalho, divulgados no início da tarde de ontem, no mês passado foram registradas 1.767 contratações contra 2.910 demissões, saldo negativo de mais de 1,1 mil empregos. O resultado mostra um cenário um pouco mais animador que o registrado em abril, quando o índice de demissões chegou a dois mil empregos diretos, mas está longe de ser semelhante ao comportamento apresentado no mesmo período do ano passado. Em maio de 2013, a cidade havia registrado saldo positivo de 876 empregos diretos com carteira assinada.

Nos dois casos, o município está sofrendo o impacto da construção civil. Dos 1.143 postos de trabalho fechados no mês passado, 1.120 era apenas para a construção civil, que, nos cinco primeiros meses do ano, demitiu em torno de 3.028 pessoas.
 
No entanto, a baixa nas contratações, embora em menor proporção, também afetou a outros segmentos. A indústria da transformação, que em abril demitiu 24 trabalhadores, voltou a fechar o mês com saldo negativo de empregos em estoque, 17 vagas a menos. O mesmo comportamento foi registrado pelo comércio e a agricultura, com 25 e 26 postos de trabalho com carteira assinada fechados, respectivamente, em maio.
 
Ainda segundo o Caged, apenas o setor de serviços conseguiu encerrar o mês de maio com aumento no estoque de empregos, com 45 novos empregos formais gerados.
 
ANO

Já no acumulado do ano, é da agropecuária a liderança em geração de empregos em Três Lagoas. O setor, mesmo com as demissões registradas em abril e maio, registrou, nos cinco primeiros meses de 2014, o setor criou 262 novos empregos, saldo positivo de 6,84%.  O setor de serviços aparece em segundo lugar, com 220 novos empregos. A indústria da transformação ficou em terceiro, com 208 novos postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a maio. A extração mineral registrou sete novos empregos em estoque.
 
ESTADO

O saldo de empregos em estoque apresentou melhora em Mato Grosso do Sul. A geração de empregos no Estado saltou de cerca de 330 vagas, em abril, para 566 novos empregos celetistas em maio, aumento de 0,11% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O setor com melhor resultado também foi o de serviços, com 589 novos postos, a indústria da transformação aparece em seguida com 575 empregos a mais e a agropecuária (497 postos). Assim como em Três Lagoas, a construção civil também aparece em baixaEstado, com saldo negativo de 672 empregos.No ranking do Caged, Campo Grande aparece na liderança em geração de empregos, com saldo de 323 novos postos de trabalho em estoque.

Em Mato Grosso do Sul, foram gerados 319 empregos formais no mês de abril . O número representa um aumento de 0,06% em relação ao estoque de assalariados do mês de março. Os setores que mais empregaram, segundo o Caged, foram serviços, com 898 postos de trabalho, indústria detransformação (521) e agropecuária (320), seguidos por comércio (140), serviços industriais de utilidade pública (32), extrativa mineral (31) e administração pública (4). O setor de construção civil apresentou saldo negativo, com redução de 1.627 postos de trabalho.