Três Lagoas | Da redação/com JPNews | 27/03/2015 09h58

Cidade registra oito casos de tuberculose neste ano

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A Câmara dos Deputados apresentou um levantamento com dados da tuberculose no Brasil, em Sessão Solene realizada pelo dia mundial de combate a doença, dia 24. O país manteve a 16º lugar no ranking de países campeões em casos de tuberculose. Em Três Lagoas foram notificados este ano, oito novos casos.

No município, em 2014, o Programa Municipal de Controle de Tuberculose (PMCT) da Secretária Municipal de Saúde notificou 40 casos de tuberculose. Totalizando uma incidência de 36,5 casos para 100 mil habitantes.

Em 2013, o PMCT também notificou 40 casos novos de Tuberculose. Com o número de incidência de 38 casos para cada 100 mil habitantes.

Em 2014, 67.966 casos da doença foram registrados no país, com coeficiente de incidência de 33,5 casos por 100 mil habitantes. No ano retrasado, 2013 haviam sido contabilizadas 71.123 infecções. Representando uma redução nos casos de 4,4%.

A taxa de mortalidade em 2013 foi de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes, 20,7% mais baixa do que havia sido registrado em 2003, com 2,9 mortes a cada 100 mil.

De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a taxa da doença é significativamente alta, principalmente em dois grupos: população carcerária e moradores de rua.

“Os estados de Amazonas e Rio de Janeiro lideram com números de casos. A tuberculose é uma doença mutifatorial: condição social, de moradia e de vida são preponderantes para determinar o risco da doença. Entre a população indígena o risco de ter a doença é 3 vezes maior do que a população em geral. Na população de rua, o risco é 47 vezes maior, disse o ministro.

O tratamento é o mesmo em toda rede pública de saúde, com a Multidrogaterapia (MDT). Em média ele  dura seis meses, normalmente, mas em algumas situações, pode ser ampliado para nove meses (2 meses de fase de ataque e 7 meses de manutenção).

O tratamento é dividido em duas fases, a primeira é denominada fase de ataque, com duração de dois meses. O paciente toma quatro medicamentos (Coxip-4), pela manhã em jejum, com acompanhamento de um profissional da área. Em Três Lagoas geralmente é sob supervisão diária de um Agente Comunitário de Saúde (ACS) ou, no caso de área descoberta por uma Estratégia Saúde da Família (ESF) ou Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS), na supervisão de algum familiar.

Na segunda fase, nomeada fase de manutenção, tem duração de quatro meses, o paciente toma os medicamentos (Rifampicina e Isoniazida) todos os dias, também no período diurno, com acompanhamento.

Recém-nascidos recebem a vacina BCG, que protege contra uma forma grave de Tuberculose, a Tuberculose Meningocócia, ou Meningite Tuberculosa. Porém ainda não há uma vacina eficaz para prevenção das formas pulmonares de Tuberculose.

De acordo com o Antônio Carlos Modesto, Coordenador Programa Municipal de Controle de Tuberculose, a melhor prevenção é identificar precocemente os sinais e sintomas da doença, ficando alerta, principalmente, para: tosse com expectoração (com catarro) por mais de 15 dias, febre baixa ao final da tarde, falta de apetite seguida de emagrecimento.

Modesto explica ainda que todas as Unidades de Saúde de ESF ou EACS do município, e o sistema prisional são treinados para realizar a busca ativa dos Sintomáticos Respiratórios na comunidade, detectando as pessoas com tosse por mais de 15 dias e oferecendo o exame denominado baciloscopia de escarro, ou exame de escarro, no qual o resultado demora de 48 a 72 horas.

“Detectando precocemente um caso novo de Tuberculose, estaremos colaborando para a prevenção do agravo, detectando os casos nas suas formas iniciais, no qual a produção de bacilos e sua veiculação no ambiente através do espirro e da tosse, principalmente, são menores”, finalizou o coordenador do PMCT.

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