Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 16/06/2014 10h20

Professores do IFMS ameaçam greve

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Três Lagoas (MS) - Professores e técnicos-administrativos do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas, ameaçam fortalecer e ampliar a greve que já acontece desde 21 de abril, em 160 campus da instituição de todo o país. Ontem, as categorias fizeram a primeira ação pública, que foi uma paralisação de 24 horas. A ação foi aprovada em assembleia no dia 4 de junho, na sede do campus local.
Segundo o técnicos-administrativoAugusto Miceno, responsável pela parte de comunicação social da comissão do movimento, o que vem ocorrendo em Três Lagoas é a construção de uma greve, caso o Governo Federal insista nas negativas de negociação. “Nosso objetivo é promover a radicalização do movimento, com relação a não fazer matrícula do Sisu e Enem, e também o fechamento de rodovias e estradas para chamar a atenção do Governo”, explica Augusto.

Os profissionais lutam pela valorização da rede federal de educação e pelo combate à sua precarização. “Desde 1998 não existe o dissídio, que é a reposição das perdas da inflação. O salário mínimo vem crescendo mais do que o reajuste anual da inflação”, avalia o porta-voz do movimento.

CIDADANIA
A primeira atividade de ontem, que manifestantes nomearam como ‘Dia da Cidadania’, foi a doação de sangue realizada no Hemonúcleo, oportunidade em que foram coletadas seis bolsas e incluídos 12 nomes ao cadastro nacional de doadores de medula óssea.

Um dos doadores foi o assistente administrativo do IFMS, Paulo Cezar da Silva, que pela primeira vez doou sangue. “A doação de sangue é uma forma de manifestação positiva para a sociedade e pode incentivar outras pessoas a doarem”, comentou Paulo Cezar.

Às 13h ocorreu assembleia com os estudantes para a fundação do Grêmio Estudantil do IFMS, tendo sido eleita, como chapa única inscrita a “Onestino Guimarães”, que tem como presidente João Vitor Mercante Flores, que conduzirá os trabalhos do grêmio durante um ano.

Ainda durante a tarde de ontem, houve assembleia sindical dos servidores para construção da pauta de reivindicações que serão posteriormente protocoladas na reitoria.Já no período da noite, estava prevista uma reunião com os pais e responsáveis dos alunos.

GREVE DE PIJAMA

Ainda sobre a deflagração de greve, que segundo Augusto pode acontecer entre junho e julho, a intenção da categoria é não promover um ato que ele denomina como ‘greve de pijama’. “Não faremos como muitos grevistas que ficam em casa, sem fazer nada buscando um acordo. Pretendemos fazer um ato público com panfletagem, passeatas, carreatas, a exemplo da doação de sangue”, cita.

Para o porta-voz, devem aderir a greve, caso não haja avanço nas negociações com o Governo, ao menos 90% dos servidores do Instituto.

A greve dos mais de 160 campus do Instituto Federal de Educação já afetou três instituições no Mato Grosso do Sul. Até o momento cruzaram os braços os servidores da Reitoria do IFMS de Campo Grande, os do Campus de Campo Grande e do Campus de Ponta Porã.



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