Três Lagoas tem apenas 3 ferros-velhos licenciados
Uma das preocupações da saúde pública nessa época de chuvas diz respeito ao risco de epidemias, principalmente da dengue, já que é facilitado o aumento no número de criadouros do mosquito. Os ferros-velhos são lugares que costumam ter esse tipo de problema. Além disso, outros danos podem ser causados por esses estabelecimentos, seja às pessoas ou ao meio ambiente.
De acordo com a fiscal de meio ambiente, Cristiane Rocha Duarte, os ferros-velhos entram na categoria de “depósito e comércio de sucatas”, com a especificação de “sucatas ferrosas”. Ela informa que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente ainda não tem a informação de quantos existem na cidade, mas diz que apenas três são licenciados, sendo que os três procuraram a Secretaria por iniciativa própria.
Cristiane detalhou que alguns pontos devem ser analisados nesses estabelecimentos, como o que eles armazenam para que se diga o que deve ser exigido, se há ou não acúmulo de água (se houver, deve ter cobertura), se há produto passível de infiltração no solo e se há produtos perigosos (químicos). “Caso haja produtos químicos, o local não pode ser classificado apenas como um ferro-velho simples, mas sim como outro tipo de estabelecimento”, esclareceu a fiscal.
Riscos
Dentre os tipos de problemas que podem ser causados pelos ferros-velhos estão os relacionados aos seres humanos e ao meio ambiente. No primeiro caso, é mais comum a transmissão de doenças (principalmente a dengue) e a propagação de vetores (formação de ninho de ratos e baratas, por exemplo).
No segundo caso, a maior preocupação é com a contaminação do solo e do lençol freático, apesar de que, em um ferro velho comum, não há produtos que costumem apresentar esse tipo de problema. “O risco maior ocorre quando o proprietário armazena produtos para os quais ele não está habilitado. Um exemplo disso é quando eles pegam tambores de óleos lubrificados e bombas de diesel. Ele pode armazenar, mas aí já será outro tipo de estabelecimento”, afirmou.
Plano
Para contabilização dos diferentes tipos de resíduos existentes na cidade, inclusive de sucatas, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente contratou os serviços de uma empresa de Campo Grande, a DMB. Ela será responsável por fazer um plano de gerenciamento integrado de resíduos, que consiste em um levantamento desse tipo de produto.
Cristiane informou que, após isso, uma das fiscalizações que serão feitas é a dos ferros-velhos. “Quando tivermos em mãos os dados dos locais, aí decidiremos como vamos fiscalizar, se iremos ao local ou se o próprio levantamento já trará as informações”, disse Cristiane, ressaltando que o levantamento deve ser feito no primeiro semestre deste ano.
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