Cultura | Da Redação/Com JPNews | 04/07/2015 15h50

Três-lagoenses mostram não ter o hábito de ler livros

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O brasileiro lê, em média, 1,7 livro por ano, índice esse que o ministro da Cultura Juca Ferreira, classificou como “vergonhoso”. Em Três Lagoas cidade de mais de 125 mil habitantes,também tem mostrado que não é afeita á leitura, principalmente, o público estudantil, que não tem o hábito de procurar por livros na Biblioteca Municipal Rosário Congro, situada próximo à Lagoa Maior.

Segundo Ilana de Assis, responsável pelo atendimento da biblioteca, a procura de livros varia muito e não há uma clientela fixa. Há meses que há procura por livros é grande, mas há outros em que é menor.

Nos últimos três meses, a Biblioteca Municipal emprestou uma quantia de 1.898 livros, o que corresponde a uma média de 632 livros retirados por mês.

Mais da metade dos jovens disse ter o habito de ler. Sete admitiram que leem com menos frequência. “Tenho lido um pouco. Por conta da faculdade, leio muitos livros [didáticos]. Mas, creio que leio uns oito ou nove livros por ano. Antigamente lia muito mais, cerca de vinte livros por ano”, confessou o estudante de psicologia, Bruno Dias, 18 anos.

A estudante de educação física, Clézia Camilo, 19 anos, disse que estava lendo um livro no começo do ano, mas parou com a leitura por não gostar da história. “Única coisa que leio ultimamente é mensagem do whatsapp”, enfatiza a estudante. Já o jovem Eduardo Garcia, 18, informou, que era um verdadeiro fanático por livros, mas que agora já não conclui suas leituras, e tem deixado os livros de lado. “Eu perdi o hábito de ler, já gostei muito. Hoje eu não consigo mais terminar os livros que começo”, afirma.

Para a professora e mestre em Linguística, Sandra Nóia, de 29 anos, a leitura não deve ser notada apenas quando se lê um livro. “Ler é decodificar qualquer um pensamento, uma história e assim por diante. A leitura acontece não só por meio de livros, mas, também via Facebook, Whatsapp, mensagens em geral, anúncios, panfletos, até mesmo o instagram. Ler está além de palavras, todas essas ferramentas são formas de leitura, até mesmo o instagram. A leitura têm vários gêneros”, declara a professora.

Sandra ressaltou que, as crianças seguem o exemplo dos adultos, e que se eles não leem, as crianças, provavelmente, também não irão ler, pois a criatividade, curiosidade e a imaginação,  não estão estimuladas. “Os adultos compram livros para colorir, e criticam os jovens que não leem livros, mas eles [adultos] estão lá pintando. Não quero dizer que os livros para colorir não são formas de leitura, porque são”, conclui.

Biblioteca Municipal - A biblioteca municipal atende a população estudantil da cidade, além de jovens e adultos que gostam de ler e se informar. Segundo Ilana, os livros que são mais procurados são da coleção de John Green, autor do best-seller “A Culpa é das Estrelas”, entre adolescentes e alguns adultos, e os livros de Augusto Cury, autor de “O Vendedor de Sonhos: O Chamado”. Para as crianças, os livros da Coleção Vagalume, dentre eles, “A Árvore que Dava Dinheiro”.

Cadastro - Os interessados em adquirir um livro, podem ir até a biblioteca municipal, localizada na rua Alexandre Costa, centro, em frente a Lagoa Maior, e realizar um cadastro. Para o cadastro é necessário comprovante de residência, RG e telefone.

O livro pode permanecer uma semana com o leitor, caso ele não tenha acabado a leitura, o contrato pode ser renovado por mais uma semana, até completar 21 dias, basta ir à biblioteca.

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