Indústria | Da Redação/Com Prefeitura de Três Lagoas | 09/09/2015 16h36

Três Lagoas é destaque no cenário nacional da celulose

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A indústria de extração da celulose de fibra curta, a que é utilizada para a produção de papel para a impressão, para escrita e com fins sanitários (higiênico, toalhas de papel e guardanapos), que tem mudado a história de Três Lagoas, foi destaque em matéria do G1 MS no final de agosto.

A matéria aponta que o setor de celulose tem papel fundamental na economia local desde a instalação de duas plantas, a VCP, atual Fibria, em 2009 e a Eldorado em 2013, que geraram emprego, renda e desenvolvimento, transformando a vida de milhares de pessoas no município e no seu entorno. E agora, em 2015, com o anúncio, na contramão da grave crise econômica que o país atravessa, de um investimento de R$ 15,7 bilhões, para a implantação de novas linhas de produção pelas duas empresas.

Atualmente o segmento tem uma significativa importância para Três Lagoas, se destacando na geração de empregos diretos e indiretos, na arrecadação de impostos e no fomento a toda a cadeia econômica do Município e até mesmo do Estado.

Uma série de dados da Prefeitura, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da secretaria estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) atesta essa relevância.

Dados do Cadastro Geral de Empresas do IBGE, por exemplo, apontam que entre 2009 e 2013 o número de trabalhadores assalariados em Três Lagoas aumentou 87,6%, passando de 22,1 mil para 41,6 mil; que o salário médio mensal na mesma comparação teve um incremento de 14,8%, subindo de 2,7 salários mínimos para 3,1 salários mínimos e que o número de empresas atuantes no município cresceu 27,9%, avançando de 2.597 empreendimentos para 3.322.

De acordo Secretaria de Finanças e Controle, por meio do Departamento de Administração Tributária, entre 2009 e 2014, o aumento na quantidade de empresas instaladas e de pessoas ocupadas refletiu diretamente na arrecadação de impostos pelo Município. A receita com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) teve elevação de 146,9% (de R$ 6,5 milhões para R$ 16 milhões por ano), a do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (Issqn), registrou alta de 127,1% (de R$ 21,8 milhões anuais para R$ 49,5 milhões) enquanto que a arrecadação total de tributos cresceu 107,5% (de R$ 163,9 milhões para R$ 340,2 milhões).

Esse aumento da movimentação de recursos no Município impactou também no Produto Interno Bruto (PIB), medido pela Semade, que de 2009 a 2012, teve incremento de 68%, passando de R$ 2,013 bilhões para R$ 3,285 bilhões, e no PIB per capta, que passou, neste mesmo intervalo de tempo de R$ 22,5 mil para R$ 32,1 mil, o que representou uma elevação de 42,9%.

A indústria da celulose não impactou positivamente somente Três Lagoas e região, o setor também trouxe benefícios para a economia de Mato Grosso do Sul e do Brasil. Em 2009, quando entrou em operação a primeira planta local, o produto foi o terceiro principal item exportado pelo estado, com um volume de 590,966 mil toneladas, o que gerou uma receita de US$ 227,177 milhões. Já no primeiro semestre de 2015, a quantidade embarcada para o mercado internacional foi 89,77% maior, 1,121 milhão de toneladas e a receita atingiu os US$ 484,607 milhões. O produto chegou a liderar o ranking de exportações sul-mato-grossenses neste ano e fechou os primeiros seis meses na segunda posição da listagem.

Neste semestre a celulose “Made in MS” foi vendida para 43 países, sendo os principais compradores a China, com 404,398 mil toneladas (36,05% do total), a Itália com 263,600 mil toneladas (23,50%), a Holanda, com 143,990 mil toneladas (12,83%) e os Estados Unidos, com 79,328 mil toneladas (7,07%).

Em âmbito nacional, Mato Grosso do Sul que era o quinto maior exportador do país em 2009, saltou para a segunda posição em 2014, com 2,292 milhões de toneladas, o que representou 21,60% das 10,613 milhões de toneladas do produto vendidas pelo Brasil a outros países no ano.

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