Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 26/09/2013 16h56

Chuvas coloca Três Lagoas em estado de alerta para a dengue

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Três Lagoas (MS) - Um novo tipo de dengue que foi descoberto há cerca de 30 anos e que até então estava praticamente desaparecido, voltou a fazer vítimas no Brasil. Os primeiros casos desta nova forma da doença foram registrados ainda no ano passado no estado de Roraima, sua proliferação está sendo muito rápida e já fez os casos de dengue subirem no Estado do Mato Grosso do Sul.

Em Três Lagoas, também foi registrado um crescimento no número de casos. Segundo a Secretaria de Saúde Municipal, até o presente momento foram registrados 6.792 notificações da doença, o número é preocupante, pois já está próximo dos oito mil casos registrados em 2006 que levaram á cidade a uma epidemia de dengue.

Visando se preparar para os períodos das chuvas, a diretora da Vigilância e Saneamento, Neide Yuki, o coordenador de Endemias, Benício Donizette e o coordenador de Educação em Saúde, Fernando Garcia, se reuniram na tarde de ontem para tratar da intensificação das ações de combate à dengue no município. “Vamos nos reunir também com os agentes que visitam os bairros para traçar as ações de maneira correta, sabemos que com a chegada das chuvas a proliferação cresce, precisamos estar atentos”, destacou Garcia.

O coordenador ainda falou sobre o trabalho de nebulização. “Muita gente pede à nebulização, que é o popular fumasse. Entretanto, nós obedecemos ao protocolo do Ministério da Saúde, que determina a aplicação somente nos casos de epidemia, pois este produto acaba prejudicando vários animais como borboletas, beija-flores e abelhas” finalizou.

Apesar deste novo tipo da dengue ter afetado a cidade, Fernando ressalta que ela não tem muita diferença dos outros tipos. “A diferença praticamente não existe, os sintomas são os mesmos, porém é preciso ficar atento, pois quem já teve dengue tipo um, dois e três não esta livre de pegar a doença”.

Leishmaniose assusta

Outra doença que também merece atenção especial é a Leishmaniose. Segundo informações da Secretaria de Saúde, só neste ano já foram registrados quatro casos da doença em Três Lagoas, sendo que destes, dois resultaram em mortes. O coordenador de Educação em Saúde, afirma que é preciso mais atenção. “Se considerarmos que metade dos infectados com a Leishmaniose acabaram falecendo, podemos afirmar que essa doença merece sim uma atenção especial”.

A Leishmaniose é uma zoonose que pode atingir os cães e os homens, através da picada do mosquito palha. No Brasil existem atualmente seis espécies de Leishmania responsáveis pela doença humana, e mais de 200 espécies de flebotomíneos implicados em sua transmissão. Trata-se de uma doença que acompanha o homem desde tempos remotos e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos e ampliação de sua ocorrência geográfica, sendo encontrada atualmente em todos os Estados brasileiros, sob diferentes perfis epidemiológicos. Estima-se que, entre 1985 e 2003, ocorreram 523.975 casos autóctones, a sua maior parte nas regiões Nordeste e Norte do Brasil.

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