Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 28/09/2013 13h20

Corpo de Bombeiros registra crescimento nas queimadas em Três Lagoas

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Três Lagoas (MS) - O tempo seco, aliado ao clima quente, fez disparar os casos de incêndios em terrenos baldios e pastagens no mês de agosto, em Três Lagoas. Os dados fornecidos pelo Corpo de Bombeiros indicam que durante o mês de junho, apenas dois casos de queimadas em terrenos baldios foram registrados e nenhum em pastos. Já no mês de julho este número subiu para cinco casos de incêndio em lotes na área urbana e quatro em pastagens.

Porém, o grande crescimento foi registrado no mês de agosto, quando 21 incêndios em terrenos baldios ocorreram, além de 15 queimadas em pastagens. E este número pode ser ainda maior, já que não são todos os casos que chegam ao conhecimento dos bombeiros.

De acordo com José Carlos Eduardo, sargento do Corpo de Bombeiros, as condições climáticas atuais acabam facilitando os casos de queimadas. “Por conta da estiagem e do frio que ocorre nesse período causa o ressecamento e afeta toda a vegetação, tanto na área urbana quanto na área rural e, aliado às atuais condições climáticas normalmente registradas nesta época do ano: temperatura mais elevadas, ventos moderados ou altos, umidade relativa do ar e da própria vegetação mais baixa, criam uma condição ideal para o surgimento de incêndios florestais” destacou o sargento.

LAGOA

Um dos casos mais graves, no entanto, foi registrado nesta semana, nas proximidades da segunda lagoa. Segundo relatos de moradores, o fogo teve início por volta das 13h30 de quinta-feira e tomou grandes proporções. O Corpo de Bombeiros foi chamado e levou horas para conter as chamas. Entretanto, até amanhã de ontem, era possível ver fumaça da área queimada. 

A reportagem do Jornal do Povo entrou em contato com a Polícia Militar Ambiental (PMA) para saber se houve algum registro referente a um possível crime ambiental, já que aquela área é de preservação permanente. Porém, foi informada que nenhuma denúncia formal foi realizada e que eles também teriam dificuldades para atender a ocorrência por conta da falta de veículos disponíveis.

CUIDADOS

Para quem mora ao lado de terrenos baldios, o Corpo de Bombeiros orienta fazer a limpeza em uma faixa de vegetação acompanhando o muro da casa. Esta técnica, segundo o sargento Eduardo, é chamada de aceiro de prevenção e consiste na remoção total da vegetação nesta faixa em uma largura mínima de 1,50m ou uma vez e meio a altura da vegetação próxima.

Eduardo também lembra que realizar queimadas é crime.

“Sabemos que a maioria dos incêndios é originada pela ação do homem, embora as pessoas insistam em dizer que viram um raio caindo lá naquela direção. Porém, queimadas sem autorização, queima de lixo (folhas, galhos mato etc.), renovação de pastagens, limpeza de terreno baldio, fogueiras de pescadores ou ação humana intencional mesmo, são considerados crimes ambientais e a pessoa que atear fogo ou o proprietário que não cumprir com o código de postura do município e insistir em deixar seu terreno sujo, poderá ser responsabilizados pelos danos, consequência e prejuízos” finalizou.

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