Três Lagoas | Da redação/com Assessoria | 09/06/2014 10h44

Fibria identifica Áreas de Alto Valor de Conservação

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Três Lagoas (MS) – Com o objetivo de fortalecer o compromisso com as melhores práticas socioambientais e os requisitos das certificações florestais, a Fibria realizou um diagnóstico a fim de identificar Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC), em meio aos mais de 340 mil hectares onde a empresa atua no Estado.

O sistema de gestão da empresa é certificado nas normas ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade) e ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental). Os plantios florestais nas áreas próprias, arrendadas e de parcerias são certificados pelo Sistema Brasileiro de Certificação Florestal (CERFLOR – NBR 14.789), e também por uma das principais certificações florestais, o FSC® Forest Stewardship Council® (Conselho de Manejo Florestal), cada sistema possuindo seus próprios princípios e critérios.

Áreas de Alto Valor de Conservação são áreas, florestais ou não, que possuem valores sociais e ambientais significativos, como proteção de bacias hidrográficas, presença de espécies ameaçadas, áreas de uso costumário pelas comunidades locais, entre outros. “Nas áreas identificadas são adotadas medidas para a proteção, bem como, ações para melhorar os atributos identificados e formas de manejo sustentável próximo a estes locais”, explica o coordenador de meio ambiente florestal da Fibria, Renato Cipriano Rocha.

Diagnóstico

O analista de gestão ambiental da Fibria, Rafael Meirelles, explica que no Brasil ainda não possui uma interpretação nacional para definição dos atributos de Alto Valor de Conservação (AVCs), portanto, a análise baseou-se principalmente nos documentos da Rainforest Alliance e Proforest, Guia para Florestas de Alto Valor para Conservação e um documento mais recente elaborado pela Proforest, Guia de Boas Práticas para Avaliações de Altos Valores de Conservação.

Critérios foram definidos por uma equipe de especialistas a fim de se avaliar a presença de seis valores: diversidade de espécies, ecossistemas e mosaicos em nível de paisagem, ecossistemas e habitats raros ou ameaçados, serviços ambientais críticos, necessidade das comunidades e valores culturais. Dessa forma, foram identificadas quatro Áreas de Alto Valor de Conservação em meio a área de atuação de Fibria: Vegetação da fazenda Barra do Moeda e Dobrão (Três Lagoas), Fragmento principal da Fazenda Matão (Selvíria), Fragmento principal da Fazenda Rio Verde A (Três Lagoas), e Fragmento principal e área úmida da Fazenda Abasto (Água Clara).

O Diagnóstico está passando por consulta pública, onde órgãos públicos, comunidade acadêmica e sociedade civil podem opinar e dar sugestões. O Resumo Executivo para a Consulta Pública encontra-se disponível no site da Fibria http://www.fibria.com.br/web/pt/pessoas/consultas.htm.

Três Lagoas

O fragmento formado pelo complexo de 2.066 ha de vegetação das fazendas Barra do Moeda e Dobrão, possui registro de 953 espécies de fauna e flora, sendo 20 espécies ameaçadas, 26 endêmicas, 44 raras e 36 migratórias, tendo sido a área de maior destaque na identificação de valores de biodiversidade. Foram registradas a presença de 41 aves e 3 mamíferos de espécies raras. Já a presença de espécies endêmicas soma um total de: 3 anfíbios, 5 répteis, 2 mamíferos e 16 aves.

Já o fragmento principal da Fazenda Rio Verde A, possui a extensão de 1.568 ha e como atributo de alto valor de conservação possui um fragmento de tamanho significativo na paisagem com alto valor de indicadores de biodiversidade. Adicionalmente, encontra-se na zona prioritária para conservação do Bioma Cerrado definida pelo PROBIO 2007 (programa do Ministério do Meio Ambiente que define áreas prioritárias para a conservação).

Selvíria

Em um fragmento de 1.235 hectares da Fazenda Matão, composto por cerradão (savana arbórea), que possui como atributo de alto valor de conservação a concentração significativa de espécies ameaçadas, raras e endêmicas, foram concentrados os levantamentos de fauna e flora. Nesta área registraram 428 espécies, dessa lista, 14 são ameaçadas.

Também na Fazendo Matão, foi diagnosticada uma área com relevante significado cultural, que se trata de uma Capela. Na década de 1980 a fazenda era referência na região pela existência da Capela São Judas Tadeu, onde eram realizados os serviços religiosos e reunia os moradores das fazendas vizinhas. Atualmente a capela ainda é utilizada pelas comunidades locais.

 

Água Clara

O fragmento com 2.181 hectares às margens do Rio do Pombo, na Fazenda Abasto, abriga um complexo de áreas úmidas entremeadas com áreas de cerradão. Possui o atributo de alto valor de conservação pela concentração significativa de espécies ameaçadas, em zona prioritária para conservação.

Entre a lista de animais ameaçados encontrados nesta região, estão: Cervo-do-pantanal, Jaguatirica, Tamanduá-bandeira, Tatu-canastra, Onça-parda, Anta e Queixada.

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