Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 28/09/2013 13h17

Taxistas de Três Lagoas reclamam da insegurança na cidade

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Três Lagoas (MS) - O assalto a um taxista de Três Lagoas, registrado nessa semana, fez aumentar a sensação de insegurança por parte desses profissionais.  Na noite da última terça-feira, o taxista Márcio de Souza foi surpreendido por um suposto passageiro, durante uma corrida que realizava até a cidade de Brasilândia.

Márcio diz ter passado momentos de pavor. “No meio da estrada, ele disse que precisava ir ao banheiro, pediu pra eu parar na estrada, mas eu disse que não podia, quando chegamos já dentro da cidade ele me deu uma tijolada, me tirou do carro e fugiu” destaca o taxista.

A polícia foi chamada e, poucos quilômetros depois, achou o veículo capotado e completamente destruído. Durante buscas no local, o suspeito foi encontrado enquanto pedia ajuda em uma propriedade rural. O homem foi preso em flagrante.

Márcio diz ter ficado contente com a prisão do assaltante, mas lamentou a perda do carro. “Não tem conserto. O carro deu perda total. O ferro velho já veio aqui na minha casa e disse que ele não vale mais do que R$ 3 mil. Quando comprei, paguei mais de R$ 36 mil, hoje não vale quase nada”, desabafa Márcio.

A reportagem do JP esteve no ponto de táxi do terminal rodoviário de Três Lagoas e descobriu que este não foi o primeiro caso registrado nos últimos meses. O taxista Reginaldo Pereira Prado, disse que também ficou na mira de bandidos. “Eles ligaram e pediram o taxi, quando eu cheguei próximo à lagoa, fui surpreendido por dois homens com uma arma na minha cabeça. Eles pegaram meu dinheiro e me trancaram no porta-malas do carro. Foi horrível” destaca Reginaldo.

Marilza Barbosa é a única taxista mulher devidamente registrada em Três Lagoas. Ela já está na profissão há seis anos e diz que a insegurança toma conta de todos os colegas de trabalho. “A gente sai de casa e não sabe se voltaremos vivos. É muita insegura. Eu já não pego corridas para beiras de estradas. Essa noite mesmo recebi uma ligação e não fui. A gente não sabe quem está do outro lado da linha, tem muita gente ruim nesse mundo”, desabafa Marilza.

O grupo ainda solicitou maior presença da polícia na rodoviária de Três Lagoas.

IRREGULARES

Os taxistas aproveitaram para reclamar de outro problema que dificulta o trabalho dos profissionais que são legalizados e atendem à todas as determinações do Departamento Municipal de Trânsito (Deptran). Segundo eles, o número de pessoas que não são regularizados, mas que atuam como taxistas em Três Lagoas é grande. “Eles ficam aqui, próximo da gente, e quando o passageiro chega de ônibus, já oferecem o transporte mais barato. Não tem como competir. Eles não pagam impostos,  não se preocupam com registros e leis, fica fácil trabalhar assim, né?” indaga o taxista Reginaldo.

Outra questão que também foi destacada pelos taxistas é sobre os moto-taxistas que, em alguns casos, ficam com carros particulares parados ao lado da rodoviária e quando o cliente recusa a moto, eles estariam oferecendo o transporte em seus carros. Os taxistas disseram que já levaram o fato ao conhecimento ao Deptran.

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