Arroba em alta: Pecuarista de Ribas foi destaque no Globo Rural

VEJA MAIS

• Produtores de MS com perdas na safra podem renegociar dívidas do crédito rural
• Em MS, produtores de alimentos de vários países conhecem novas técnicas
• Governo vai à Bruxelas tratar das implicações de novas leis sobre exportações

Ribas do Rio Pardo (MS) - O aumento no preço do boi gordo mexe com todas as etapas da criação. Em Mato Grosso do Sul, o mercado de matrizes está aquecido e, como a procura aumentou e a oferta ficou menor, o valor pago pelo animal subiu.

Nesta época do ano, o pecuarista Ricardo Buanarott costuma visitar fazendas para comprar fêmeas. Na propriedade do pecuarista, que fica em Ribas do Rio Pardo, ele faz a cria e engorda. Quando os bichos atingem o peso ideal, ele manda para o abate. "Nós abatemos todos os animais, tanto macho quanto fêmea, e a reposição das matrizes, como são de base nelore, a gente acaba optando por fazer a compra", explica.

Até o meio do ano, ele deve adquirir 250 matrizes. O pecuarista já comprou 50 cabeças este mês e pagou, em média, R$ 700 por animal, aumento de quase 15% em relação ao valor pago no ano passado. "Atualmente teve uma alta bem significativa. Acredito que por conta dessa elevação no preço da arroba do boi e da vaca e pela escassez de animais. Isso acaba refletindo lá no final”, conta Ricardo. 　 Quem trabalha vendendo fêmeas está comemorando. No município de Bandeirantes, fica a fazenda Bartira, especializada na cria e na venda de matrizes. Na propriedade, com a oferta menor no mercado, o preço pago por animal aumentou e custa, em média, R$ 800.

Mesmo com o valor maior, as vendas não param. O gerente de pecuária, Levy Campanhã, acredita que o mercado deva continuar aquecido por um bom tempo: "A gente está vendo há vários anos o abate de fêmeas e o reflexo está sendo agora. A gente tem observado nos leilões a diminuição de oferta tanto de machos quanto de fêmeas e a procura muito grande".