Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 28/08/2013 11h21

Leishmaniose canina é discutida em seminário em Três Lagoas

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Três Lagoas (MS) - A leishmaniose visceral canina será discutida em Três Lagoas na próxima segunda-feira. Às 19h da data, acontece na Câmara de Vereadores o encontro “Atualização em Leishmaniose Visceral”, promovido através de uma parceria entre administração municipal e Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV). 

Conforme o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, o veterinário Antônio Luiz Empke, um dos organizadores do encontro, o ciclo de palestras é voltado para veterinários de Três Lagoas e região, além de representantes do Poder Público, Executivo e Judiciário. “A proposta é apresentar aos participantes o quadro da doença em Mato Grosso do Sul e também sobre essa polêmica que envolve o tratamento da leishmaniose, até hoje não reconhecido pelo Ministério da Saúde”, destacou.

Para isso, os convidados contarão com a participação de palestrantes de Campo Grande, como João Vieira de Almeida Neto, presidente do CRMV-MS; Yara Helena Domingos, veterinária do CCZ de Campo Grande; Paulo Mira Batista, gerente estadual de Zoonoses (Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul) e Viviane Mouro, procuradora de Campo Grande. “Tratam-se de palestrantes de qualidade, que vem para dar um puxão de orelha em todos nós. Eles vão mostrar o que se sabe sobre a doença até agora e também os novos caminhos a serem adotados pelo Conselho Regional”, destacou.

TRATAMENTO

Um dos pontos altos, no entanto, deverá ser a palestra sobre o tratamento da doença. O assunto é sempre alvo de polêmicas, já que oferece uma alternativa para o salvamento do animal, no entanto, segundo o CZZ, ainda não é reconhecido pelo Ministério da Saúde. “Não existe tratamento para a cura da leishmaniose. Essa doença é como a Aids, em o vírus não morre e, no caso do cachorro, ele continua proliferando a doença. Mas, prefiro deixar para me aprofundar nesse assunto quando for realizada a palestra”, destacou.

A eutanásia de animais infectados pela leishmaniose sempre fora questionado por organizações não governamentais e até mesmo pelo Poder Judiciário, um dos motivos pelos quais o coordenador do CCZ convidou juízes, promotores e vereadores para participar do encontro, além da classe veterinária. Profissionais de Brasilândia, Bataguassu, Água Clara e Selvíriatambém confirmaram presença, segundo o coordenador.

NÚMEROS

Em Três Lagoas, o CCZ chega a receber a média de 320 cães por mês. Desses, a estimativa é de que 250 sejam destinados para a eutanásia por conta da leishmaniose. O restante, ou é sacrificado por conta da doença, ou já chega ao CCZ morto, encaminhado por alguma clínica veterinária. O índice, embora tenha baixado em comparação ao ano passado, continua preocupante para o veterinário.

Recentemente, o Centro de Zoonoses divulgou o resultado do Censo Canino no município. Ao todo, foram identificados 19.923 cães (8,6 mil machos e nove mil fêmeas).

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