Três Lagoas | Da Redação/Com Jornal do Povo | 27/11/2013 11h46

Malha ferroviária de Três Lagoas é citada em estudo

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A malha ferroviária de Três Lagoas é citada no projeto Centro-Oeste Competitivo como um dos gargalos a serem superados para não congestionar a logística de Mato Grosso do Sul até 2020. O estudo, encomendado pela Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems) e Federação da Agricultura e Pecuária do MS (Famasul), com apoio da Confederação Nacional da Indústria, detectou que, caso nenhum investimento seja feito em infraestrutura logística, os gargalos críticos saltarão de três, detectados atualmente, para 23 em todo o Centro-Oeste.

Desse total, cinco são da região do Bolsão, hoje principal rota de escoamento de Mato Grosso do Sul para os estados de São Paulo e Goiás. De acordo com o estudo, apresentado no começo dessa semana em evento realizado na Casa da Indústria de Campo Grande, se não houver investimentos nos próximos sete anos, se tornarão gargalos críticos no Bolsão: a malha oeste da empresa ferroviária América Latina Logística (ALL), de Campo Grande a Três Lagoas e de Três Lagoas a Bauru; a MS-306, que liga Chapadão do Sul a Cassilândia; o trecho da BR-158, que liga Cassilândia a Aparecida do Taboado, e a MT-100, que liga Alto do Araguaia a Chapadão do Sul. 

Em nota, a Fiems informou que a empresa contratada para elaborar o projeto detectou mais de 300 eixos que necessitam mais de R$ 159 bilhões em investimentos em infraestrutura para evitar o estrangulamento da logística. No entanto, o mesmo estudo detectou que, por conta da urgência, o aconselhado é focar os recursos em dez eixos prioritários. Dentre eles, a Ferrovia ALL Malha Oeste de Corumbá a Santos, incluindo Três Lagoas. 

Juntos, esses dez eixos requerem um total de R$ 36,4 bilhões de investimentos, maioria deles destinado para melhorar a infraestrutura ferroviária e portuária. 

Projeto Centro-Oeste Competitivo- Mato Grosso do Sul teve como objetivo traçar as obras necessárias e projetar uma matriz com eixos de integração para permitir a redução dos custos logísticos e aumentar a competitividade sistêmica do Estado. Já o estudo ao todo leva em conta os investimentos necessários em MS, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

Em nota, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu a necessidade de mais investimentos no setor, sejam eles públicos ou privados. “Precisamos construir ações para que os produtos sul-mato-grossenses possam ser competitivos.

No Estado, as PPPs (Parcerias Público e Privadas) foram aprovadas na Assembleia Legislativa e precisamos de investidores para conseguir adequar os investimentos na área de infraestrutura de transporte”, declarou. De acordo com Longen, hoje o investimento feito no sistema de transportes no Brasil é de aproximadamente 0,6% do PIB, enquanto nos Estados Unidos chega a 7,7%. 

Durante seu pronunciamento, o governador André Puccinelli anunciou que os gargalos existentes estão sendo vencidos. Ele citou estudos que vem sendo realizados desde 2007 e apontaram, no Estado, nove projetos prioritários. Entre eles, a construção das duas ferrovias já citadas no Centro-Oeste Competitivo, a pavimentação da MS-359 e da MS-040, a transformação do Aeroporto Internacional de Campo Grande em um aeroporto de cargas, a pavimentação da Rodovia Sul Fronteira e a implantação dos linhões de energia. Até agora, já iniciamos a Sul Fronteira, pavimentamos a MS-359 e vamos concluir a MS-040 em 2014, enquanto as duas ferrovias devem ser incluídas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal em 2014.

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