Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 12/03/2014 15h16

População três-lagoense volta a reclamar da deficiência da limpeza urbana

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Três Lagoas (MS) - A população três-lagoense não esconde a insatisfação com a limpeza urbana das vias públicas, em especial aquela dos bairros, que na maioria, não recebem o serviço.

Para a auxiliar de produção, Andressa Luciana da Silva, que reside no bairro Nova Americana, as ruas estão sujas, com lixo por toda parte. “Além de não serem varridas muitas ruas, os terrenos baldios estão abandonados, o que deixa a cidade ainda mais feita e aspecto de abandonada”, reclama Andressa.

Quem também não está satisfeita com a limpeza das ruas é a mãe de Andressa, a senhora Odete da Silva, que também reside no Nova Americana. “Nunca recebemos varrição nas ruas do bairro. Tem muita terra e sou eu quem varre. Sem contar nos terrenos baldios sujos. Seus proprietários não limpam e com isso os pernilongos vão se multiplicando”, disparou Odete.

O construtor Sérgio SatoshiHaikawa, que tem origem do Estado de São Paulo disse que já conheceu municípios paulistas como: Santa Fé do Sul, Jales e Pereira Barreto, onde a limpeza urbana é realizada de forma satisfatória.

“As vias desses municípios são limpa, já em Três Lagoas o serviço é falho. Moro no bairro Vila Nova, onde o serviço nem sempre é feito. Se quero a frente da minha casa limpa, sem folhas e sem terra, tenho que varrer”, reclama Sérgio.

O casal Thais Rocha da Silva e Claudecir Ribeiro de Lima também apontam falhas no serviço.“Percebemos que apenas alguns bairros e o centro da cidade recebem atenção. Moramos no bairro Paranapungá e as ruas estão repletas de areia, e os acidentes com motociclistas e ciclistas são comuns”, alerta o casal.

JUSTIFICATIVA - O secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Walter Garcia de Oliveira Junior, informa que a falha na prestação do serviço de varrição urbana é falha em Três Lagoas porque a meta física assumida no contrato feito em 2009 é diferente da atual.

“As ruas centrais são varridas todos os dias, de segunda-feira a sábado, durante a madrugada para não prejudicar o trânsito de veículos. Já nos bairros, como Vila Nova, Interlagos, Nossa Senhora Aparecida, região da Lagoa Maior, Santos Dumond, Colinos e outros, a ação ocorre em dias alternados”, comenta.

Walter destaca o desenvolvimento acelerado de Três Lagoas como um dos motivos para o acúmulo de sujeira.“Estamos desenvolvendo um estudo para implantar a ação em todas as ruas pavimentadas, que deve ser colocado em prática ainda neste ano. Custos estão sendo levantados, mas acredito que se for colocado um aditivo, ele não irá satisfazer, uma vez que extrapolaria o que é permitido por Lei, que são os 25% do contrato”, explica Walter.

O secretário também justifica a falha do serviço com a ocorrência de chuvas. “Quando chove, não há como varrer. Mas também, mesmo que faça, sempre terá quem reclame, por isso nosso papel é tentar ir adequando. Lembrando que o serviço de varrição tem custo alto. Pagamos aproximadamente R$ 400 mil ao mês pelo trabalho, sem contar que isso não é repassado aos três-lagoenses, então precisamos adequar tudo à nossa realidade”, avalia.

No fim do ano passado, o município divulgou a divisão da área urbana em 11 setores. Ao todo, 130 varredores trabalham no serviço de limpeza urbana.

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