Três Lagoas | Da Redação/Com Jornal do Povo | 23/11/2013 13h37

Três Lagoas tem mão de obra para atender segunda linha IP

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O projeto de instalação da segunda máquina da InternationalPaper ainda está em fase de estudos. Entretanto, o diretor geral da unidade fabril em Três Lagoas, Marcelo Nale, afirma que mão de obra não será obstáculo. 

De acordo com Nale, que visitou a sede do Grupo RCN de Comunicação nesta semana, atualmente, a IP emprega 220 profissionais e 140 terceirizados, que atendem, basicamente à setores como logística – grande maioria -,limpeza e  alimentação. Dos contratados pela empresa, quase 90% são do município e região, índice expressivo quando comparado ao tido no início das operações da unidade.

“Quando demos início às operações, há cinco anos, 30% dos nossos profissionais tiveram que ser trazidos de outras unidades da IP. Hoje, este índice caiu para uma média de 10% a 12%, o restante é de Três Lagoas e região e estão atuando em todos os níveis profissionais”. 

Esse resultado, informou, deve-se ao processo de contratação adotado pela empresa, iniciado dois anos antes da unidade entrar em operação. Nesse período, os funcionários receberam qualificação profissional em Técnico de Papel e Celulose, através de uma parceria com o Senai, por dez meses e depois passaram meses em treinamento nas outras unidades da Internacional Paper no Brasil. “A curva de aprendizado que era de 18 meses, foi atingida em cinco meses. Bem antes do previsto”, destacou.

O diretor completa: “Esse processo nos rendeu uma indicação a um prêmio e, hoje, se tivermos uma nova fábrica, vamos precisar realocar poucos profissionais de fora. Não sei precisar quantos [funcionários a ser contratados serão da região]. Mas, será a grande maioria”. 

Marcelo Nale informou que, por enquanto, não há previsão para o início da implantação da segunda máquina. As datas trabalhadas pela empresa até o momento são de início de operação entre 2016 ou 2018, com a construção iniciando dois anos antes. “O projeto já está muito bem desenhado. Mas, ainda faltam os estudos de viabilidade junto ao mercado”, completou.

A segunda máquina será semelhante à atual. A diferença, segundo Nale, estará no produto final. Hoje, a unidade de Três Lagoas produz papel no formato ‘cutsize’ (para escrever e imprimir). Já a segunda unidade deverá atender ao setor gráfico do Brasil e da América Latina . “Bobinas ou resmas”, completou. O projeto está orçado em US$ 300 milhões, valor semelhante ao investido na primeira máquina, e deverá fazer dobrar o número de trabalhadores.

INDEPENDENTES

Embora as datas de início de operação sejam semelhantes às da Fibria, fornecedora da celulose utilizada na produção de papel da IP, o diretor da unidade informou que um projeto de expansão não está atrelado a outro. “A InternationalPaper pode dar início à implantação da segunda máquina independentemente da decisão da Fibria. Assim, como o contrário. Uma não depende da outra. Recentemente nós renovamos o contrato com a Fibria e, hoje, consumimos 16% da produção. Com a máquina 2, esse número saltaria para 32%, que não nos impede de darmos início antes da ampliação da Fibria, ou o contrário”, esclareceu. A expansão da indústria também está focada no mercado interno.

MARCA

Em setembro desse ano, a InternationalPaper bateu a marca de um milhão de toneladas de papel produzido, meta estipulada para apenas março do ano que vem. “Antecipamos essa marca em seis meses, graças à equipamentos de ponta e também aos investimentos para maior eficiência da máquina de Três Lagoas, hoje a mais rápida de toda a InternationalPaper”.

A máquina fora construída para a produção de 200 mil toneladas. Hoje, ela produz 230 mil toneladas. “Para se ter uma base, a máquina foi projetada para processar 1.250 metros de papel por minuto. Hoje, são 1.350 metros nesse período. Em quilômetros, ela  papel a 80 quilômetros por hora”, completou.

Segundo o gerente geral da fábrica, 90% da produção de papel são destinados ao mercado interno. Outros 10% à América Latina.

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